Elon Musk revela que SpaceX tem Bitcoin em seu balanço

Ocorreu nesta quarta-feira (21) o tão aguardado painel reunindo Elon Musk e Jack Dorsey, marcado desde junho. Durante o painel, Musk revelou que possui Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Dogecoin (DOGE). Além disso, o empresário revelou que a SpaceX possui Bitcoin (BTC) em seu balanço.

Além dos dois executivos, a gestora da ARK Invest, Cathie Wood, também esteve presente. O debate também abordou os polêmicos temas de consumo energético do BTC.

Musk revela sua carteira

Inicialmente, Musk revelou que possui apenas quatro investimentos: ações da Tesla, ETH, BTC e DOGE. Ademais, o bilionário também admitiu que a SpaceX, empresa de exploração espacial, também possui BTC.

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Ou seja, as duas principais empresas de Musk possuem a criptomoeda como parte de seus balanços. No entanto, Musk não revelou quantos BTC a SpaceX possui.

Esta fala teve um impacto direto no preço do BTC. Logo após a declaração, o preço da criptomoeda disparou e chegou a superar os US$ 32.600. Simultaneamente, a Dogecoin (DOGE) disparava mais de 20% na mesma hora e voltou para a região dos US$ 0,20.

Contudo, os dois movimentos perderam força ao longo da apresentação. No momento da escrita desta matéria, a DOGE voltou a cair abaixo dos US$ 0,20, enquanto o BTC opera a US$ 31.747,38. Por sua vez, a ETH vale US$ 1.952.

Curiosamente, Musk negou que seja o seu objetivo derrubar o preço do Bitcoin. “Se o preço do Bitcoin cair, eu perco dinheiro. Eu fiz o preço subir, mas não despejei”, afirmou.

Mineração e meio ambiente

Durante o painel, Musk aparentou um certo desconforto durante sua fala. Porém, no momento mais aguardado, o CEO da Tesla admitiu que a mineração de BTC não traz danos diretos ao meio ambiente.

Musk afirmou que teria sido alertado pela equipe da Tesla que minerar BTC teria um grande impacto no consumo de energia. No entanto, a empresa nunca pretendeu minerar BTC, mas sim criar um nó na rede.

Aparentemente, o CEO da Tesla confundiu os dois conceitos, pois os nós não representam um alto consumo de energia.

Cathy Wood argumentou afirmando que a mineração, na verdade, estimula o aproveitamento de fontes renováveis de energia. “Minerar BTC é uma prática mais sustentável do que a mineração do ouro, além de consumir menos energia que o sistema financeiro”, disse Wood.

Musk contra-argumentou afirmando que a mineração não pode se manter utilizando apenas energias renováveis. Para ele, isso causaria uma forte queda na hash rate do BTC, indo muito abaixo dos níveis atuais.

Jack Dorsey destacou que o BTC não utiliza apenas energia nova. De fato, parte da energia utilizada seria desperdiçada e reaproveitada na atividade.

Segundo o primeiro relatório do Bitcoin Mining Council (BMC), cerca de 0,4% da mineração do BTC utiliza eletricidade que seria desperdiçada.

O papel social do Bitcoin

Por fim, os três membros ativos do debate discutiram a respeito do que consideram o papel social do BTC. Para Cathie Wood, a criptomoeda é uma proteção contra a perda do poder de compra e também contra crises.

“Inflação destrói o poder de compra da população, mas a deflação também pode ser um fenômeno negativo. O Bitcoin é uma proteção contra o confisco da sua riqueza e a destruição do poder de compra, bem como da deflação ruim”, afirmou a gestora.

Musk, por outro lado, afirmou que o Bitcoin possui uma escassez fundamental e pode tornar-se dinheiro caso as soluções de segunda camada sejam implementadas. Ele também afirmou que, na sua visão, o ethos do BTC é ter acesso às suas chaves privadas.

O bilionário também falou que pretende incorporar um nó completo nos terminais da StarLink, rede de satélites organizada pela SpaceX. Houve um momento no qual Musk perguntou a Dorsey se o Twitter poderia permitir que os anunciantes pagassem em criptomoedas.

“Se o Bitcoin chegar onde estamos tentando levá-lo, não vamos precisar de publicidade alguma. Estou mais focado em isso. Mas, sim, a sua ideia é boa e chegaremos lá”, respondeu.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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