Economia

DOJ dos EUA promete reprimir exchanges de criptomoedas

O Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos está focado em reprimir as empresas de criptomoedas, sobretudo as exchanges e os “mixers”. Foi o que afirmou Eun Young Choi, diretora da equipe nacional de fiscalização de criptomoedas da agência, de acordo com uma reportagem do Financial Times publicada nesta segunda-feira (15).

Segundo Choi, o DoJ tem como alvo empresas de cripto que cometem crimes ou que permitem que crimes como lavagem de dinheiro aconteçam.

“Além disso, elas [as empresas] estão permitindo que todos os outros criminosos lucrem facilmente com seus crimes e lucrem de maneiras que são obviamente problemáticas para nós. E assim esperamos que, ao focar nesses tipos de plataformas, tenhamos um efeito multiplicador.”

Exchanges de criptomoedas na mira do DoJ

A diretora do DoJ enfatizou que os crimes envolvendo criptomoedas cresceram de forma significativa nos últimos quatro anos. Para Choi, essa expansão tem a ver com o aumento da adoção das criptomoedas pelo público em geral.

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Choi disse que o foco nas plataformas “enviaria uma mensagem dissuasora” para as empresas que estão contornando as regras de combate à lavagem de dinheiro ou de identificação de clientes e que não estão investindo em procedimentos sólidos de conformidade e redução de riscos.

Em suas declarações, Choi não se referiu a nenhuma empresa em específico. Mas ele comentou que o tamanho de uma companhia de cripto não será um empecilho para o DoJ. Conforme destacou a diretora, se uma empresa de cripto “conquistou uma participação de mercado significativa em parte porque está ostentando a lei criminal dos EUA”, o DoJ não pode dar “um passe” a ela só porque a empresa “cresceu demais para falir”.

“Pense na mensagem que isso enviaria. Não pode ser assim que pensamos quando se trata de cripto ou quando se trata de qualquer crime de colarinho branco.”

Além das grandes exchanges de criptomoedas, o DoJ também está focado nos roubos e hacks envolvendo finanças descentralizadas (DeFi). Choi destacou, em particular as “pontes de blockchain”, por meio da qual os usuários podem trocar diferentes tipos de criptomoedas. No mês passado, o DoJ apreendeu mais de  US$ 112 milhões (R$ 550 milhões) em criptomoedas vinculadas a esses golpes.

DoJ foca em crimes com criptomoedas

Não é de hoje que o DoJ está apertando o cerco contra crimes exchanges de criptomoedas e outras empresas do setor. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o departamento iniciou uma investigação sobre o suposto ataque hacker contra a FTX em novembro. Na ocasião, conforme noticiou o CriptoFácil, a exchange perdeu cerca de US$ 400 milhões em criptomoedas por causa do roubo.

Já neste ano, em janeiro, o DoJ passou a investigar o conglomerado de criptoativos Digital Currency Group (DCG), sobretudo as transações financeiras internas do império cripto envolvendo a sua subsidiária Genesis.

Ainda em janeiro deste ano, o DoJ desmantelou um grupo hacker intitulado Hive que roubou cerca de US$ 100 milhões em criptomoedas de mais de 1.500 vítimas em todo o mundo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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