O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) iniciou uma investigação sobre o suposto ataque hacker contra a FTX em novembro. Na ocasião, conforme noticiou o CriptoFácil, a exchange perdeu cerca de US$ 400 milhões em criptomoedas por causa do roubo.
De acordo com a Bloomberg, o DoJ pretende investigar a natureza do ataque em todos os sentidos. Ou seja, identificar e prender quem fez a ação e saber o motivo do ataque.
O suposto hacker roubou os fundos em 11 de novembro, algumas horas depois que a FTX entrou com pedido de recuperação judicial com base no Capítulo 11. Até a manhã de 12 de novembro, no entanto, o invasor continuou retirando grandes quantias das carteiras da FTX.
Para muitos usuários da exchange, o ataque foi uma farsa criada por Sam Bankman-Fried (SBF), ex-CEO da FTX. O objetivo seria desviar a atenção dos problemas que a exchange enfrentava e que tiveram como resultado o seu colapso. No entanto, não há provas do envolvimento de SBF na ação.
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Conversão de criptomoedas após ataque
De acordo com a empresa de análise de blockchain Elliptic, os hackers trocaram grandes quantidades de criptomoedas após o ataque. Essa é uma tática normalmente vista em grandes roubos, já que o dinheiro roubado de carteiras FTX era trocado por Ethereum por meio de trocas descentralizadas.
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Em 20 de novembro, a Chainalysis afirmou que o dinheiro da plataforma de criptomoeda roubada estava “em movimento” e passou do Ether (ETH) para o Bitcoin (BTC). De fato, o hacker chegou a enviar 255 BTC para a OKX, valor que corresponde a R$ 22,4 milhões na cotação atual.
Na época, chegou-se a cogitar de que o dinheiro foi entregue à Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas. Só que a Chainalysis publicou um relatório desmentindo essa alegação
“Relatórios de que os fundos roubados da FTX foram enviados à Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas estão incorretos. Alguns fundos foram roubados e outros fundos foram enviados aos reguladores, os fundos foram transferidos de ETH para BTC e provavelmente misturados antes de uma tentativa de saque”, disse a empresa.
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Entenda
O ataque ocorreu logo depois que os problemas com a FTX começaram a ficar claros. Ainda no dia 7 de novembro, SBF afirmava que a exchange não corria risco de falir e chamou de “calúnia” os supostos boatos nesse sentido.
Quatro dias depois, no entanto, a exchange finalmente entrou com pedido de recuperação judicial depois de sofrer uma onda de saques. No mesmo dia, poucas horas depois do pedido, o hacker invadiu a plataforma e roubou os fundos.
Uma hora após o ataque, o Conselheiro Geral da FTX, Ryan Miller, foi ao seu Twitter e disse que a FTX estava investigando anormalidades nas suas carteiras. Em seguida, o executivo confirmou a invasão.
“A FTX foi hackeada. Os aplicativos FTX estão afetados por malwares, exclua-os. O bate-papo está aberto. Não acesse o site FTX, pois ele pode baixar cavalos de Tróia”, escreveu Miller no canal da FTX no Telegram.
Ainda não está claro se o hack do FTX teve a mão de alguém da empresa ou se o seu colapso deu uma oportunidade para os hackers assumirem o controle. De acordo com o DoJ, o hacker pode pegar até 10 anos de prisão pelo roubo – se, claro, as autoridades descobrirem sua identidade.
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