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De gestoras a metaverso: veja quem pode perder se a Genesis falir

A Genesis Global Holdco LLC, mais conhecida como Genesis, corria um sério risco de decretar falência, conforme noticiou o CriptoFácil. E nesta semana, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial, o famoso Capítulo 11.

O pedido costuma se confundir com a falência, mas na verdade é uma oportunidade de reestruturação. E no caso da Genesis, a reestruturação é uma tarefa primordial, pois trata-se de uma das maiores empresas do setor.

Por conta disso, a Genesis possui uma relação estreita com várias empresas. Muitas deixaram dinheiro nos produtos de rendimentos da Genesis, enquanto outras são investidoras da empresa. Em ambos os casos, as companhias correm o risco de sofrer enormes perdas com uma eventual falência.

Quem pode sofrer perdas

De acordo com o pedido de falência, as subsidiárias da Genesis envolvidas nos negócios de derivativos e negociação à vista e custódia não estão incluídas nos registros. Portanto, essas empresas continuarão as operações de negociação de clientes.

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Conforme relatos, a Genesis nos autos do tribunal afirmou que possui mais de 100 mil credores. Por outro lado, as 50 principais reivindicações não garantidas totalizaram cerca de US$ 3,4 bilhões. No total, as nove maiores dívidas da companhia estão nas empresas abaixo:

  • Gemini Trust Company, LLC: US$ 765 milhões;
  • Mirana (ByBit): US$ 151 milhões;
  • Moonalpha Financial Serviced (Babel Finance): US$ 150 milhões;
  • Capital Coincidente (Mex/Finex Leaderboarders): US$ 110 milhões;
  • Decentraland (MANA): US$ 55 milhões;
  • VanEck: US$ 53 milhões;
  • Abra: US$ 30 milhões;
  • Cumberland DRW: US$ 18 milhões;
  • Fundação Stellar: US$ 13 milhões.

Os destaques vão para a Gemini, que lidera a lista com folga, e para a VanEck, que é uma gestora do mercado tradicional. Isso mostra que o caso da Genesis pode não se resumir apenas ao nicho das criptomoedas e afetar outros mercado também.

Em um comunicado, a Genesis anunciou que vai tomar uma ação estratégica para alcançar uma resolução. A ação faz parte da recuperação judicial que visa reestruturar a dívida da empresa.

CEO da Bybit dá divulgação completa

Ben Zhou, CEO da Bybit, divulgou toda a exposição que a sua corretora possui na Genesis. Nesse sentido, a Bybit é a segunda maior credora da companhia.

Isso porque de acordo com Zhou, a Mirana é o braço de investimentos da Bybit. Portanto, a exposição de US$ 151 milhões desta empresa com a Genesis faz parte da exchange.

Contudo, o CEO disse que a empresa administra apenas parte dos ativos da empresa Bybit. Mas não revelou qual parte.

Em seguida, Zhou garantiu que os fundos do clientes são separados do produto de juros da Bybit e não usa o Mirana. Ele também disse que a exchange já liquidou US$ 120 milhões da posição devida.

“Como tal, a Bybit não está implicada nas aplicações do Capítulo 11 da Genesis Global Holdco, LLC. Para enfatizar ainda mais, na Bybit, nossa missão desde o primeiro e criar a cripto arca do mundo – fornecendo integração confiável de usuários, navegando em direção a um porto seguro, enquanto capacita e protege nossa comunidade”, completou Zhou.

O mercado de criptomoedas não reagiu negativamente ao pedido de recuperação judicial. De acordo com o CoinGecko, os preços das criptomoedas subiram em média 1,1% nesta sexta-feira (20).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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