Categorias Notícias

Day trader dá suposto golpe milionário em seus clientes

Vinicius Loureiro Ibraim, um investidor que vendia cursos de day trade e fazia operações ao vivo nas redes sociais, pode ter dado um calote milionário no mercado.

Além disso, segundo seguidores, Ibraim teria captado dinheiro irregularmente para operar contas de terceiros. Em um esquema típico de pirâmide, ele garantia aos clientes um retorno fixo de 2% ao mês através de seu “Fundo de Investimento Vinicius Ibraim”.

Entenda o caso

Conforme apurou o Valor nesta sexta-feira (6), o nome de Ibraim ganhou notoriedade em fóruns de investidores depois que ele teve suas operações liquidadas na Órama.

Na corretora, ele operava minicontratos de dólar e tinha pouco mais de R$ 1 milhão na conta.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Após ter sido zerado diante de seus seguidores, ele ficou com um saldo negativo de cerca de R$ 90 mil, em setembro. Na ocasião, o sistema de risco foi acionado, mas Ibraim não pagou.

A Órama comunicou o ocorrido à B3 e ele foi incluído no cadastro de inadimplentes no dia 6 de outubro.

Depois disso, os seguidores do investidor se pronunciaram e disseram que ele vendia os cursos por R$ 5 mil.

Além disso, conduzia um esquema com características de pirâmide financeira, conforme disse uma fonte com conhecimento de caso.

Isso porque ele captava dinheiro de investidores e enviava para sua própria conta. Ao mesmo tempo, usava dados de acesso de terceiros para operar na bolsa. 

Nos contratos, ele garantia pelo menos 2% ao mês de retorno sobre o investimento no seu fundo pessoal.

Entretanto, nem Ibraim nem seu “Fundo de Investimento Vinicius Ibraim” possuem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar.

Após o caso vir à tona, Ibraim apagou suas contas nas redes sociais e seus vídeos no YouTube.

O que disse a B3

À reportagem, a B3 disse que a inclusão de Ibram na relação de inadimplentes é um mecanismo que pode ser acionado por qualquer instituição quando um cliente não liquida seus débitos relativos às operações na B3.

Depois que é “negativado”, o investidor fica impossibilitado de operar para adquirir novos ativos ou assumir posições.

A B3 também reforçou em nota que os investidores precisam ficar atentos para as fraudes e seus sinais.

Como exemplo, sinalizou para as promessas de retornos garantidos, investimentos livres de risco e lucros acima da média do mercado.

Além disso, observou que é preciso verificar a autorização para operação junto aos órgãos reguladores.

Leia também: Especialista explica alta recente do Bitcoin e de outros ativos

Leia também: Traders que apostaram na queda do Bitcoin perdem R$ 345 milhões

Leia também: É questão de tempo até o Bitcoin romper US$ 20 mil, defendem analistas

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.