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Custos de CBDC superam benefícios, afirma grupo de lobby dos EUA

Muitos países do mundo, entre eles os Estados Unidos, vêm estudando o lançamento de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

Contudo, no caso dos EUA, há um entrave. A Associação Nacional de Cooperativas de Crédito com Seguro Federal (NAFCU), um grupo de lobby do país, emitiu um parecer em que afirma que os custos de emissão de uma CBDC superam os seus benefícios.

NAFCU é contra um dólar digital

De acordo com a NAFCU, o grupo encaminhou uma carta ao Departamento de Comércio dos EUA destacando que existem alternativas melhores do que um dólar digital para atingir os mesmos objetivos.

A nota sobre a carta foi assinado pelo conselheiro sênior de pesquisa e política da NAFCU, Andrew Morris. A carta, por sua vez, é uma resposta ao pedido de comentário do departamento sobre os ativos digitais e uma CBDC dos EUA.

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O departamento solicitou à NAFCU um parecer sobre os possíveis impactos que uma CBDC teria no setor de ativos digitais dos EUA. No parecer, o NAFCU parece ser contra um dólar digital:

“Morris reitera a posição da NAFCU de que os custos superariam os benefícios – como a associação comunicou anteriormente ao Federal Reserve sobre o mesmo tópico – e, a saber, que existem alternativas melhores para realizar os mesmos objetivos”, diz uma trecho do texto.

CBDC dos EUA

O texto completo da carta ainda não está disponível ao público. No entanto, o comunicado elenca os principais pontos da carta.

Em relação à regulação dos criptoativos, por exemplo, Morris apontou para as soluções de pagamentos tanto do setor público quanto do setor privado. Com base nisso, ele buscou mostrar que há alternativas menos disruptivas que uma CBDC para se obter melhoras nos pagamentos.

Enquanto isso, sobre o tema da inclusão financeira, ele destacou o papel que as cooperativas de crédito já fazem para atingir essas populações carentes.

Além disso, ele recomendou – como alternativa à CBDC– certas formas de apoiar o envolvimento das cooperativas com essas comunidades.

O texto não deu mais detalhes sobre esses itens da carta.

Outros pontos da carta

A carta aborda ainda outros pontos, com relação, sobretudo, a questões de competitividade a nível global. Nesse sentido, o texto oferece três princípios que devem ser incorporados em qualquer estrutura futura.

O primeiro deles diz respeito às condições equitativas para as cooperativas de crédito, os bancos e outras empresas financeiras que desejam se envolver com os ativos digitais.

Já o segundo ponto envolve a aplicação de leis de proteção ao consumidor a entidades que dão acesso às criptomoedas aos clientes.

Por fim, o terceiro ponto tem a ver com o apoio à inovação responsável no setor de cooperativas de crédito.

“No que diz respeito à promoção da competitividade dos EUA no setor mais amplo de atividades relacionadas a ativos digitais, a NAFCU incentiva o ITA e o Comércio dos EUA a apoiar um campo de atuação equitativo; a aplicação consistente da lei de proteção financeira ao consumidor; e o incentivo à inovação responsável das cooperativas de crédito”, concluiu Morris.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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