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Conheça 10 jovens que utilizam Bitcoin e blockchain para construir um futuro melhor

O caráter revolucionário, disruptivo e inovador do Bitcoin fez com que ele se tornasse extremamente popular entre os mais jovens. Nos últimos 10 anos, diversas startups e empresas surgiram com propostas revolucionárias de uso para as criptomoedas – grande parte delas criada por pessoas com menos de 30 anos.

Jemima Joseph de 18 anos é um exemplo disso. Ela ocupa um emprego de verão como gerente de mídia social para uma startup de criptomoedas, depois de se formar no ensino médio no Bronx, Nova York. E ela aprendeu a fazer sua primeira transação com criptomoedas em uma compra usando a Zcash, com o aplicativo móvel Flexa.

E tais exemplos estão espalhados por todo o mundo. Dos EUA até Gana, diversos jovens trabalham ou possuem empresas que utilizam criptomoedas e blockchain para melhorar suas comunidades e o mundo. Hoje, vamos conhecer 10 desses talentos promissores.

Elisha Owusu Akyaw

Elisha owusu Akyaw tem 17 anos e é  fundador do BlockXAfrica. Akyway mora em Gana e realiza encontros educacionais por meio de um boletim informativo por e-mail e do grupo Telegram, que possui quase 300 inscritos, além de 16 jovens voluntários que ajudam a organizar encontros.

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“Estamos trabalhando com conteúdo traduzidos para os idiomas locais e nosso conteúdo em inglês é sempre baseado em exemplos locais e coisas relevantes para nós, ganeses”, disse ele.

Akyaw está incrementando a programação da BlockXAfrica este ano, com planos para um hackathon, um programa de treinamento para desenvolvedores e um curso online até 2020. Ele disse que o treinamento do desenvolvedor se concentrará em aplicativos para utilizar criptomoedas – utilizando como exemplo aplicativos de remessas de dinheiro já conhecidos pela população.

“As pessoas na África estão mais familiarizadas com o envio de dinheiro através do celular do que por endereços de e-mail”, disse ele.

Eventualmente, seu objetivo é transformar a BlockXAfrica em um negócio lucrativo, com treinamentos pagos e conteúdo exclusivo. Até então, o grupo está focado em divulgar informações de alta qualidade e combater o mito de que todas as criptomoedas são “uma farsa”, disse ele.

“A maioria [dos participantes] são adolescentes porque comecei falando com meus amigos”, acrescentou Akyaw.

Harshita Arora

Harshita Arora tem 16 anos e vive em Saharanpur, no norte da Índia. Ela é responsável pela criação do aplicativo Crypto Price Tracker, que monitora 1.000 criptomoedas em 20 exchanges em 10 idiomas, e foi desenvolvido pela Redwood City Ventures.

O aplicativo para iOS mapeia o preço do Bitcoin em 32 moedas fiduciárias diferentes. Seu enfoque global e amigável rendeu a Arora o prêmio de “Mulher do Ano” em uma conferência da CryptoChicks realzada em Toronto (Canadá), em abril.

Apesar da inovação, Arora teve que lidar com diversas ameaças de morte e cyberbullying, Ela continua a trabalhar com a Redwood City Ventures para desenvolver ainda mais o produto, que foi baixado por mais de 25.000 pessoas até o momento.

Em vez de deixar os trolls derrubá-la, Arora usou seus ganhos para comprar livros didáticos e solicitar um visto O-1A para permanecer e trabalhar nos EUA. Desde então, ela se mudou para San Francisco e espera ficar para trabalhar no setor de criptomoedas.

E a jovem Arora se mantém na ativa. Ela já desenvolveu o seu segundo aplicativo, Cryptos Stickers, oferece mais de 50 adesivos para iMessage relacionados a vários memes de criptomoedas.

Anand Patel

Residente em Londres, Anand Patel trabalha como assistente de configuração de nós (nodes) de criptomoedas. Ele já ajudou pelo menos 10 pessoas a configurar seus próprios nós pessoais para várias criptomoedas, e cerca de 100 pessoas utilizam seus scripts para executar nós.

“Para o Bitcoin, eu tenho um nó da Lightning Network testando sua solução de Camada 2”, explicou Patel. “Eu queria ter mais impacto sobre a nova tecnologia, então ajudaria comunidades diferentes, criando scripts de instalação para simplificar o processo para novos usuários que tentam configurar mineradoras e full nodes.”

Desde que descobriu o Bitcoin pela primeira vez há quatro anos, Patel se formou no workshop de blockchain liderado pelo desenvolvedor do Bitcoin Core Jimmy Song e ajudou a proteger redes de projetos de criptomoedas que utilizam prova de participação (PoS), como PIVX, Chaincoin, OXY e Rise.

“Eu tinha as habilidades básicas, então pensei em experimentar, ver o que está sendo feito, administrar o software de várias pessoas e aprender o processo”, disse ele, acrescentando que se inspira para ajudar a “uma nova geração de empreendedores que valoriza a liberdade. e co-criação através da descentralização”.

Kiki Pichini

No estado norte-americano de Washington, uma patinadora artística de 15 anos de idade está iniciando uma pesquisa para criar um aplicativo em blockchain para produtores e vendedores locais de frutas.

O interesse de Pichini em bancos de dados distribuídos começou enquanto trabalhava com o pai para criar um registro comunitário de competições e oportunidades de patinação no gelo. Além disso, ela começou a trocar bitcoins com seus pais como um exercício de aprendizado.

Depois de participar do seminário organizado por Jimmy Song (ele de novo!), Pichini notou que todos os fazendeiros e plantas de embalagem de sua cidade vendiam cerejas e maçãs em todo o país. Foi assim que surgiu a ideia do aplicativo.

“Especialmente aqui em Washington, há muitas pessoas que estão minerando [Bitcoin]”, disse ela. “Eu acho que o Bitcoin pode realmente ser usado como pagamento, especialmente no setor de atacado. Eu acho que gostaria de começar minha própria empresa e ter a blockchain como parte disso.”

Ian Lim

Lim é natural de Mineápolis, nos Estados Unidos. Ele comprou seu primeiro Bitcoin em 2016, depois de ouvir sobre a criptomoedas por amigos na escola, e rapidamente se tornou regular em encontros locais que falavam sobre o tema..

Quando a mãe de Lim passou por sérios problemas de saúde depois de vários derrames, ele ponderou como aplicar o conhecimento sobre blockchain e Bitcoin ao setor de saúde.

“Em geral, o que eu quero fazer é estar na vanguarda da tecnologia blockchain no setor da saúde”, disse Lim. “Ir para a prática lá fora foi a melhor coisa que eu poderia ter feito, em vez de apenas ler livros, mas também conhecer pessoas que têm experiência neste espaço.”

Lim venceu uma maratona de Startup Weekend Minneapolis em 2017 com uma solução blockchain baseada na Hyperledger (IBM) chamada BlocVac, que permite aos pacientes manter e compartilhar seus próprios registros de imunização. Desde então, Lim apresentou seus experimentos em blockchain para universidades como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e eventos da comunidade com a Techstars.

“Eu me vejo principalmente como um empreendedor”, disse Lim. “Alguém que busca facilitar para as pessoas usarem aplicativos em cima [da blockchain].”

Saleem Rashid

Saleem Rashid reside em Londres e provavelmente é o nome mais conhecido desta lista. Em março de 2018, Rashid ajudou a descobrir uma falha na carteira de hardware da Ledger. Sua postagem sobre a vulnerabilidade o levou à fama no Twitter, com alguns teóricos da conspiração sugerindo que o hacker adolescente trabalhava para a startup rival, a Trezor.

De fato, Rashid contribuiu com um código para o firmware da Trezor para aumentar a segurança, embora ele não esteja oficialmente envolvido com a empresa e, ocasionalmente, envia contribuições para projetos de código aberto, como o Zcash e até o Bitcoin.

“Quando você olha para trás na história, ou até mesmo para assuntos mundiais atuais em lugares menos afortunados do mundo, você pode ver onde algo como o Bitcoin poderia ser aplicado para realmente melhorar a vida das pessoas”, pondera Rashid.

Seu objetivo é ajudar a melhorar “a segurança e a usabilidade do gerenciamento de chaves privadas” em todo o ecossistema de criptomoedas. Por enquanto, Rashid prefere estudar e experimentar por conta própria, em vez de se juntar a uma startup ou lançar seu próprio empreendimento.

“Eu gostaria de estudar propostas para melhorias de privacidade, como as provas de conhecimento zero usadas na Zcash”, disse ele.

Chanan Sack

Chanan Sack tem 18 anos e reside em Israel. Ele criou seu próprio trabalho como freelancer, ensinando desenvolvedores sobre contratos inteligentes e escrevendo relatórios de pesquisa de blockchain para startups. Até o momento, oito desenvolvedores fizeram o curso sobre Ethereum desenvolvido por ele, que é personalizado para cada cliente. Ele desenvolveu o currículo básico enquanto aprendia, por conta própria, como implementar o código Ethereum, no início de 2017.

“Você conhece muitas pessoas interessantes”, disse Sack, falando das comunidades em tornou do Ethereum e do Bitcoin. “Essas questões realmente importam. Esta é a internet que perturba algo que é muito inerente: dinheiro, dinheiro programável. Isso me faz querer colocar meu tempo nisso, porque há muito o que fazer aqui.”

Vários dos 25 estudantes que participaram das palestras de Sack na Universidade de Tel Aviv estão trabalhando em seus próprios aplicativos de código aberto. Um desses alunos até participou da equipe vencedora do hackathon 2018 da Telco Bitcoin Embassy com um projeto relacionado à Lightning Network, uma solução de escala para o Bitcoin.

Desde então, ele também contribuiu para o repositório GitHub de Andreas Antonopoulos para desenvolvedores ethereum e fez uma carteira Lightning como um experimento.

“Tivemos um grande momento. Isso realmente me ajudou com a minha pesquisa ”, disse Sacks sobre a carteira que ele desenvolveu com amigos em um hackathon de Tel Aviv. Ele espera continuar como freelancer na indústria e contribuir para os projetos de código aberto que o fascinam.

Ben Kaufman

Também oriundo de Israel, Ben Kaufman tem 18 anos e é desenvolvedor do DAOstack. Ele começou a contribuir para projetos open source de Ethereum em janeiro de 2018, depois de dois anos pesquisando sobre criptomoedas.

“Eu também amo a comunidade e a abertura da plataforma”, disse Kaufman. “Eu já fiz uma EIP [sigla em inglês para Proposta de Melhoria para Ethereum].”

Kaufman abandonou o primeiro ano do ensino médio para começar a trabalhar em tempo integral como desenvolvedor freelancer de aplicativos móveis em startups de Tel Aviv. E um dos grandes aborrecimentos para os pais do prodígio é algo comum entre os criptoentusiastas: conseguir acesso a serviços bancários.

“Como um adolescente, eu tenho muitos problemas com bancos”, disse Kaufman. “O conceito do Bitcoin dando controle sobre meus próprios ativos financeiros me inspira muito.”

Além de vários workshops sobre Ethereum para mais de 100 alunos da escola de codificação Le Wagon, em Tel Aviv, Kaufman está atualmente pesquisando sobre a Lightning Network.

“Estou realmente interessado em saber como a rede Lightning pode levar à uma maior adoção do Bitcoin”, disse ele. “Atualmente, estou tentando ver como posso construir algo para esse propósito.”

Alex Sicart Ramos

Quando Ramos se formou no colegial, em 2018, ele prontamente lançou sua segunda startup. A Shasta basicamente criava um livre mercado de energia em blockchain. A ideia desse empresário espanhol surgiu porque sua primeira startup, Sharge, que lhe garantiu um lugar na lista “30 abaixo dos 30” do setor de tecnologia da Europa, não conseguiu decolar quando enfrentou questões regulatórias relacionadas a carros elétricos e compartilhamento de energia.

Ramos ouviu pela primeira vez sobre criptomoedas em 2015, no espaço de coworking de Tim Draper no Vale do Silício. Em 2018, uma equipe de cinco pessoas ajudou Ramos a lançar a Shasta por meio da blockchain Ethereum. Um projeto piloto movido a energia solar foi implementado em uma pequena vila espanhola. Ramos disse que quase 2.000 pessoas já usaram o piloto.

“É uma plataforma que permite que consumidores e provedores se conectem em um DAO (organização autônoma descentralizada)”, disse. “Você pode gerenciar todos os pagamentos e recebimentos, todas as coisas acontecendo nesse mercado. Se acharmos que faz sentido criar um token de utilidade neste programa, se realmente fizer sentido, faremos isso. Se não, nós levantaremos dinheiro de investidores tradicionais.”

Gerald Nash

O estudante de ciência da computação Gerald Nash tem 19 anos e já estagiou na Coinbase, além de ter liderado vários programas no Laboratório de Blockchain da Universidade Howard, nos Estados Unidos.

“Muitos estudantes ao meu redor têm suas contas no Venmo ou PayPal fechadas ou congeladas aleatoriamente, mesmo que não haja nada de suspeito”, disse Nash. “A grande coisa que mais me inspirou (no Bitcoin) foi a ideia de soberania monetária.”

Nash aprendeu sobre Bitcoin no Reddit em 2013, quando ainda cursava o ensino médio em Atlanta, na Geórgia. Agora ele administra eventos no campus para ensinar aos alunos como gerenciar carteiras de Bitcoin e suas chaves privadas, as cadeias alfanuméricas que funcionam como senhas.

“Eu principalmente tenho Bitcoin e Ethereum como dois dos meus projetos favoritos”, disse ele. “Acho que nos próximos cinco anos [criptomoedas] fornecerá mais usuários técnicos com maior inclusão financeira. As pessoas terão maior acesso à movimentação e ao crescimento de seu dinheiro.”

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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