Um estudante de 19 anos de Buenos Aires, Argentina, iniciou uma campanha para educar empresas locais sobre como aceitar Bitcoin como método de pagamento. Apresentado pela primeira vez à criptomoeda quando tinha 13 anos, Leo consegue enxergar o Bitcoin tornando-se uma moeda transacional convencional e acredita que ações domésticas tão simples quanto distribuir panfletos informativos é a chave para a eventual integração generalizada do Bitcoin nos negócios cotidianos e sociedade, conforme mostra o artigo publicado pelo site Bitcoin.com.
Leo Beltran, estudante de engenharia da informação, carregando um lote de folhetos impressos detalhando os benefícios de oferecer pagamentos com Bitcoin, tem a intenção de fazer de Buenos Aires uma cidade amigável à maior criptomoedas do mercado.
Beltran teve a inspiração quando, em um evento, ele perguntou a um fornecedor por que o Bitcoin não estava na lista de métodos de pagamento que eles ofereciam para o produto. O fornecedor riu e descartou a pergunta, e ele percebeu que a maioria das empresas não sabe o que é Bitcoin ou como funciona, ou acredita que não é dinheiro “real” ou possível de ser utilizado de maneira relevante em seus negócios.
Ele sempre se interessou por tecnologia, tanto pela rapidez com que evoluiu quanto pela velocidade com que está mudando nossas vidas. Depois de descobrir o Bitcoin aos 13 anos, Leo continuou aprendendo, esperando que chegasse a um ponto em que seria amplamente aceito como moeda. Uma vez que ele completou 18 anos em 2018, ele finalmente comprou Bitcoin e começou a trocá-lo, mas o sonho de que o Bitcoin pode ser maior não o deixou em paz.
Ele explica:
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“O que me fez apaixonar por criptomoedas em geral, e Bitcoin em particular, foi que poderia conectar financeiramente as pessoas na internet da mesma forma que as conecta no mundo real.”
Após seu encontro com o fornecedor que dispensou criptomoedas, Leo disse a si mesmo que, se as empresas precisassem ser instruídas sobre como integrar Bitcoin em suas ofertas, ele também poderia ajudar a fazer isso acontecer. E assim, seu movimento de panfletos nasceu.
“Criar panfletos era algo simples e não maravilhoso ou heróico de qualquer forma, mas é uma ferramenta útil para iniciar uma conversa com proprietários de empresas, e foi o que eu fiz.”
Leo foi às ruas e começou a distribuir panfletos. Para sua surpresa, a resposta foi predominantemente positiva. Na verdade, ele diz que foi “maravilhoso”. Como ele previra, a maioria dos proprietários não tinha ideia do que era Bitcoin ou criptomoedas, mas suas respostas eram amigáveis e de mente aberta. Alguns, ele relata, mostraram interesse genuíno em adotar criptomoedas em seus negócios.
Leo diz que muitos dos proprietários com quem ele conversou fazem a conexão com aplicativos tradicionais de tecnologia financeira, entendendo que aceitar Bitcoin como pagamento é bastante semelhante ao download de um aplicativo e permitir que um cliente escaneie seu QR code para efetuar um pagamento. Nesses casos, ele aponta que o Bitcoin é de fato tão simples quanto isso, com a diferença de que é mais seguro.
Buenos Aires, a cidade mais visitada da América do Sul, é considerada uma das cidades mais diversificadas do continente, e conhecida como “a Paris da América do Sul”. Enquanto a cidade é famosa pelo tango e pelas parrillas, Leo diz que é uma das cidades com mais oportunidades no continente para o Bitcoin agora. Os dados parecem concordar. Em 2017, o capitalista de risco Tim Draper aconselhou o presidente argentino Mauricio Macri a investir em Bitcoin.
Este movimento tem seus desafios, no entanto. Leo salienta que, na Argentina, o Bitcoin e outras criptomoedas não são fáceis de obter, a menos que você seja “pelo menos um pouco informado”, acrescentando que equívocos e preconceitos sobre a criptomoedas em geral – especificamente em relação à sua suposta dificuldade de usar – atuam como um grande impedimento . Ele explica que trocar criptomoedas por moeda fiduciária não é um processo fácil, e como o país está em meio à uma crise econômica, a maioria das pessoas não está disposta a arriscar seu dinheiro por investimentos inseguros.
Ele insiste que sua paixão pela adoção das criptomoedas não irá morrer prematuramente porque as pessoas não têm tempo ou recursos para entendê-lo. Assim, como as coisas já são muito mais fáceis do que há cinco anos quando ele aprendeu sobre Bitcoin, e porque há uma comunidade global comprometida em trabalhar para mitigar os desafios, Leo acredita que este é o momento certo para sua iniciativa de conscientização e adoção.
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