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Confira 7 negócios de blockchain no Brasil comandados por mulheres

Apesar de ser um aspecto ignorado ou tratado com pouca relevância por muitos, o mercado de blockchain ainda é formado essencialmente por homens. De acordo com as estatísticas de agosto do site CoinDance, 90,09% dos usuários de Bitcoin são homens e apenas 9,91% são mulheres. Os números, no entanto, estão evoluindo.

E uma parte dessa evolução pode ser vista no Brasil graças à atuação do grupo Women in Blockchain. Nesta rede, que atua no mundo inteiro, as mulheres conseguem obter seu espaço através da união entre profissionais de diversas áreas que usam blockchain no seu dia a dia e podem se unir e estabelecer sua voz em um universo predominantemente masculino.

Lugar de fala para as mulheres

O principal objetivo do Women in Blockchain Brasil é proporcionar um ambiente no qual as mulheres (e também homens que se simpatizam com causa) se conhecer e trocar ideias. Além disso, as participantes da rede comparecem a eventos por todo o país, juntando-se para apresentar palestras e painéis e fornecer apoio às mulheres que participam desses eventos, que hoje em dia ainda são minoria.

“É importante lembrar que outras mulheres vieram antes da gente e nos deram espaço de fala. As mulheres contribuem muito e muitas vezes passam despercebidas, por isso, damos visibilidade não só às mulheres de hoje, mas principalmente às que abriram o caminha para a gente, como uma forma de honrá-las, porque o mundo hoje é bem melhor do que há alguns anos atrás”, afirmou Liliane Tie, representante do Women in Blockchain no Brasil, em uma entrevista à agência de notícias Forbes.

Tie é uma entre as mulheres que fazem parte do ecossistema e contribuem com projetos relevantes para todo o crescimento do mercado de criptoativos e blockchain no país. Para mostrar o papel das mulheres na condução de empresas relevantes ao ecossistema, o CriptoFácil trouxe cinco projetos do mercado de blockchain nos quais as mulheres possuem papel extremamente relevante. Confira!

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Moeda

A empresa fundada pela CEO Taynaah Reis usa a tecnologia Blockchain para conectar empreendedores e investidores a projetos de impacto social com difícil acesso ao sistema financeiro tradicional. Isso significa que a Moeda usa a transparência do Blockchain e a agilidade das criptomoedas para eliminar obstáculos a produtores sem conta bancária, permitindo que tenham mais facilidades para obter crédito.

Essa conexão direta entre pequenos empreendedores e investidores, sem nenhum intermediário, garante que os aportes sejam feitos sem desvios e com transparência. O usuário do ecossistema utiliza criptomoedas próprias da empresa, como MDA (negociada em exchanges), MDABRL (pareada ao real), entre outros tokens criados pela Moeda. Dessa forma, não é necessário o uso do mesmo sistema financeiro tradicional que os exclui.

Além disso, a empresa possui um jogo chamado “Moeda Go!” que permite ao jogador coletar MDAX e utilizá-las para apoiar projetos que achar interessante. Uma forma de se divertir e apoiar empresas de impacto social.

Instituto Alinha

O Instituto Alinha utiliza a blockchain como ferramenta para conectar oficinas têxteis a grandes distribuidoras, marcas e lojas, combatendo a exploração de seus costureiros, de acordo com a sua fundadora Dari Santos.

Assim, um consumidor pode inserir o código da etiqueta de sua peça (a “tag Alinha”) no cadastro do site e acompanhar exatamente de onde veio seu produto e para onde foi seu dinheiro. Esse tipo de processo detalhado e com garantia de transparência só é possível com a tecnologia blockchain.

MyHealthData

A idealizadora e cofundadora do MyHealthData Valéria Queiroz fez parte do painel da BlockCrypto 2019 sobre mulheres na blockchain. O sistema permite o armazenamento dos dados de saúde do usuário, como uma lista de alergias, tipo sanguíneo, carteira de vacinação e os exames médicos que essa pessoa fez ao longo da vida, todos no mesmo lugar e com total privacidade. O usuário decide o que tirar e adicionar da rede e com quem compartilhar essas informações.

O MyHealthData também permite que seus usuários doem seus dados para pesquisas médicas de forma fácil e segura. O objetivo do projeto é eventualmente ser a plataforma tecnológica de um sistema de saúde mais acessível e inclusivo.

Rastra

O foco da Rastra é transformar a economia linear do mundo da moda em uma economia circular. Também em palestra na BlockCrypto 2019, a criadora da Rastra Vanessa Spiess explicou que a diferença vital de ambas é a sustentabilidade. Na economia linear, por exemplo, a produção em massa termina em montes de roupas em aterros sanitários, já na circular, uma roupa antiga propriamente identificada pode se tornar uma peça nova e pronta para o consumo.

O sistema todo funciona com a blockchain: na etiqueta da roupa, além de estarem contidos todos os estágios pelos quais a peça passou, do fornecedor de tecido à costureira até chegar à loja, também estarão criptografados os detalhes do material da roupa, que permitirão o desfibramento dessa peça. Ou seja, as fibras de tecido dessa roupa usada são usados na fabricação de uma nova peça. Com a Rastra, o uso do blockchain abre portas para condições de trabalho mais dignas aos fabricantes e para a moda consciente e sustentável às grandes lojas.

Women in Blockchain Brasil

Além de ser uma rede de apoio e cooperação para profissionais que lidam com blockchain, o Women in Blockchain Brasil também luta para trazer mais mulheres para o campo de STEM (sigla em inglês para áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

Algumas das mulheres que fazem parte do Women in Blockchain Brasil visitam escolas apresentando às crianças como funciona a tecnologia blockchain de forma lúdica e interessante. Dessa forma, elas mostram às meninas que a área da tecnologia é uma possibilidade. Como disse Tie:

“é uma cadeia, uma menina que é impactada pode influenciar muitas outras”.

Blockchain Academy

A Blockchain Academy é uma empresa como foco na educação. Através de sua fundadora, a advogada Rosine Kadamani, a empresa organiza cursos sobre vários temas relacionados a criptoativos e blockchain, novos modelos de negócios e iniciativas utilizando infraestruturas e tecnologias de contabilidade distribuída (DLTs).

Em operação desde 2016, a Blockchain Academy já foi responsável pela formação de vários alunos e por ministrar cursos para turmas formadas pela empresa e até para órgãos do governo brasileiro. Atualmente, o time é composto por profissionais experientes em suas respectivas áreas de atuação – Desenvolvedores, Advogados, Economistas, Business e Inovação.

OriginalMy

A OriginalMy é uma das startups mais inovadoras do mercado de blockchain brasileiro. Hoje, com sede na Estônia, a OriginalMy possui ferramentas que possibilitam a redução de burocracias através da blockchain. Sua plataforma permite que o usuário possa registrar obras (como livros, marcas e fotos), assinar documentos, realizar autenticação notarial e vários outros serviços, além de fornecer prova de autenticidade para conteúdos. Ao se valer da imutabilidade das informações registradas na blockchain, a OriginalMy reduz tempo e custos para pessoas e empresas.

A OriginalMy tem como cofundadora e COO Miriam Oshiro e possui uma política de inclusão feminina muito interessante: pelo menos 50% das vagas de trabalho da empresa são preenchidas por mulheres. Com isso, a empresa garante diversidade e igualdade de oportunidades em um mercado no qual as mulheres têm muito potencial para crescer e mostrar seus talentos – assim como as sete empreendedoras dessa lista.

Leia também: Chainalysis figura no topo da lista de startups mais promissoras de 2019 da Forbes

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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