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Cocriador do League of Legends cai em golpe de mineração de criptomoedas

De acordo com um documento judicial obtido pela Forbes, Marc Merrill, cocriador do popular jogo eletrônico League of Legends (LoL), desenvolvido pela Riot Games, foi vítima de uma fraude que teve início em 2014. No processo, consta que o cartão de crédito American Express do empresário foi clonado e usado para comprar serviços de computação em nuvem nos servidores Amazon e Google para mineração de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum.

A investigação aponta Matthew Ho, cidadão de Cingapura, como sendo o acusado de roubar a identidade de Merrill e aplicar o golpe. Conforme o processo, entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018, após aumento de valor e popularidade dos criptoativos, Ho teria executado operações de mineração em larga escala, consumindo um total de US$5 milhões nos serviços.

Mineração de criptomoedas

O criminoso teria criado uma rede de contas de e-mail falsas e usado técnicas de engenharia social para enganar os provedores. De acordo com o arquivo do tribunal, Ho teria criado uma carteira de habilitação falsa em nome de Merrill e usado um endereço de e-mail do Gmail que pareceu legítimo. À Amazon, ele apresentou ainda um dos endereços residenciais reais de Merrill. 

Na mineração de criptomoedas, os “mineradores” disputam para verificar e confirmar as transações da blockchain e assim, receber criptomoedas em troca. Desta forma, Ho teria usado ou trocado os ativos digitais por fundos tradicionais em várias exchanges. 

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Acesso livre a serviço de computação em nuvem

Ho se aproveitou de Merrill ser um cliente estabelecido da Amazon e recebeu “acesso a níveis substancialmente elevados de serviços de computação em nuvem”. Apesar de terem relatado este fato, os investigadores não divulgaram quais seriam esses privilégios. 

Fraude deflagrada

Foi graças a dados como o endereço de IP e informações de login fornecidas pela Amazon, Google, Facebook e outros, que a polícia conseguiu chegar ao nome de Ho como o principal suspeito. Em 26 de setembro de 2019, ele foi preso pela Força Policial de Cingapura e segue sendo investigado por vários supostos crimes cometidos sob a legislação do país. Em outubro, foi revelada nos Estados Unidos uma investigação com 14 acusações envolvendo outras vítimas.  Tudo indica que ele terá que enfrentar as acusações nos EUA uma vez que o país possui um tratado de extradição com Cingapura.

Punição pela fraude

A punição por fraude eletrônica pode chegar a até 20 anos de prisão. Já a fraude do dispositivo é punível com até 10 anos de prisão. O roubo de identidade agrava a pena em mais dois anos. No entanto, as acusações do processo ainda são apenas alegações. 

A ação está sendo investigada pela Unidade de Crime Cibernético do escritório do FBI em Seattle e conta com apoio da Força Policial de Cingapura. 

Segundo a Forbes, embora as acusações contra Ho tenham sido reveladas em outubro, a identidade da vítima ainda não tinha sido divulgada. 

A Riot Games se recusou a comentar, alegando que a investigação ainda está em andamento.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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