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Cláudio Oliveira do GBB diz que empresas do grupo não têm liquidez para honrar com saques

Cláudio Oliveira, principal figura por trás do Grupo Bitcoin Banco, que administra as exchanges de criptoativos NegocieCoins, TemBTC e Batexchange, concedeu uma entrevista ao Valor Investe nesta quinta-feira, 03 de outubro, na qual explicitou a crise em que vive o grupo e suas exchanges e afirmou que, no momento, as empresas do grupo não têm liquidez para honrar os saques de seus clientes.

Oliveira declarou também que o prazo para resolver a crise na plataforma é de seis meses, ou seja, somente em 2020 os problemas devem ser resolvidos. O controlador do GBB declarou que os atrasos são ocasionados não apenas pelo suposto ataque sofrido pela plataforma e que duplicou o saldo de alguns clientes, mas também por ordens judiciais e bloqueios que inviabilizam as soluções desenhadas.

“Não consegui executar nada porque toda vez vem a Justiça e bloqueia. Até iPhones que os clientes iriam receber (…) Cada passo que eu dou para pagar, vem um advogado e coloca um arresto, uma liminar. Isso criou uma bola de neve que te impede de agir.”

Oliveira também declara que a Ernst Young (EY) foi contratada para fazer uma auditoria sobre o ocorrido na plataforma e que, no total, são cerca de 260 clientes que têm impedido que os problemas sejam solucionados. Ainda sobre a auditoria, disse que não deseja expor os nomes das pessoas responsáveis pelo problema, mas que ele sabem quem foi por meio de uma investigação interna.

“Eu sei quem são, com base na minha própria investigação interna”, afirmou, sem contudo conseguir justificar por que mesmo sabendo dos responsáveis não paga os demais.

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Segundo o Valor, consultada, a EY disse em nota que está “em fase de emissão do relatório”, mas que “a liberação de recursos de clientes é decisão da gestão da companhia, a qual é independente da conclusão de seus trabalhos”. O conteúdo do laudo, porém, é sigiloso.

Sobre os itens de luxo que ainda ostenta, mesmo tendo saques atrasados, contas bloqueadas e uma série de processos, Oliveira alega que a vida das pessoas não tem relação com a de suas empresas e que possui diversos outros negócios, por meio da holding familiar Claudio & Lucinara (C&L), e que possui ativos imobiliários na Europa e saldo em investimentos na Suíça, mas que perdeu com as movimentações que fez dentro do grupo e com a alta do Bitcoin.

“Eu sempre tomei Evian. Isso aqui não tem nada a ver com o GBB. É o Cláudio na pessoa física.”

Confira na íntegra a página do artigo publicado pelo Valor Investe:

Leia também: CVM proíbe Grupo Bitcoin Banco de realizar ofertas de investimentos

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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