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China tem sua primeira proposta de ETF relacionado a blockchain

Um pedido de ETF baseado em Bitcoin foi feito junto ao regulador de títulos financeiros da China, segundo a Cointelegraph. A proposta, feita na véspera de Natal pela Penghua Fund, diz respeito a um ETF que segue a performance de uma cesta de ações listadas ao público de empresas do setor de blockchain.

Caso aprovado, o fundo será o primeiro ETF da China relacionado à blockchain, de acordo com uma notícia publicada pelo Shanghai Securities Journal (SSJ), jornal estatal que trata de finanças.

Bolsa de Xangai lança índice “Blockchain 50 Index”

No mesmo dia da proposta feita pela Penghua Fund, a Bolsa de Valores de Xangai anunciou o índice “Blockchain 50 Index”. O índice é composto pelas 50 maiores empresas de blockchain de Shenzhen em valor de mercado. A lista inclui Ping An Bank, Midea Group e Zixin Pharmaceutical, dentre outras.

O SSJ ressaltou que o novo índice reflete um amplo segmento da indústria, com especializações que incluem desenvolvimento de hardware, tecnologia e serviços, além de aplicações para tecnologia blockchain.

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Criando precedente

De acordo com o relatório do SSJ, analistas acreditam que caso a proposta do Penghua Fund seja bem sucedida, ela pode ser a primeira de diversas outras propostas semelhantes que se seguirão – de outros fundos e suas próprias propostas.

Ainda que o setor de blockchain ainda esteja em sua infância, o SSJ ressalta que um aprofundamento nas políticas e a entrada de empresas maduras pode fazer com que os ETFs baseados em blockchain fiquem mais populares.

Em uma entrevista junto ao SSJ, um gestor de fundo não nomeado de uma empresa de Pequim ressaltou que diversos investidores ainda não possuem um norte quando trata-se de investir na indústria blockchain.

Ao refletir uma cesta de ativos diversificada, os ETFs podem fornecer um canal de investimento conveniente e oferecer uma oportunidade para que investidores lucrem dividendos conforme o setor progride.

O gestor de fundos Everbright Prudential Dong Weiwei disse ao SSJ que como uma tecnologia distribuída e altamente segura, a blockchain tem um grande potencial de se relacionar com outras indústrias. Ele salientou o potencial de inovar as finanças digitais, a tecnologia de internet das coisas, fabricação inteligente, gestão de cadeia de abastecimento, dentre outras áreas.

Blockchain sim, criptomoedas não

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) passou os últimos dois anos indeferindo pedidos de ETFs baseados em criptomoedas. Da mesma forma, Pequim mantém sua postura firme contra as criptomoedas, contrastando com seu otimismo em relação à tecnologia blockchain. Em 2019, o presidente chinês Xi Jinping fez grandes elogios à tecnologia.

Enquanto isso, espera-se que o Banco Popular da China seja o primeiro banco do mundo a impulsionar o movimento de moedas digitais emitidas por bancos centrais. A instituição já distinguiu Bitcoin, stablecoins e outros ativos digitais.

Leia também: Bitwise envia comunicado à SEC e se diz comprometida com a criação de um ETF de Bitcoin

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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