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“Cemitério cripto”: cerca de 1000 criptomoedas “morreram” em 2018

O bear market dos criptoativos em 2018 ocasionou um verdadeiro massacre no mercado. Se hoje temos mais de 2000 criptomoedas, pelo menos metade desse número corresponde a projetos inativos que foram abandonados durante o ano.

As informações sobre projetos que não existem mais foram compiladas por dois sites: o DeadCoins e o Coinopsy. Ambos formularam uma lista completa dos projetos que “morreram” em 2018.

De acordo com o Coinopsy, um criptoativo declarado morto é “um token ou moeda que foi abandonada, alvo de golpes, teve seu site, não possui nós ativos, apresentou problemas de carteira, sem atualizações nas redes sociais, apresenta volume de negociação baixo ou que os desenvolvedores se afastaram do projeto”. O site registrou 483 tokens ou criptoativos desativados entre agosto e novembro.

Já o site DeadCoin registrou 934 projetos descontinuados (em julho foram 800 registros). Ao contrário do Coinopsy, o DeadCoin permite que o usuário possa acrescentar um projeto que tenha sido desativado.

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Segundo os sites, muitos dos projetos de criptografia mortos eram golpes diretos orquestrados sob o disfarce de  ICOs. Incluído na longa lista de esquemas de tokens abandonados ou fraudulentos da DeadCoins e da Coinpsy está o BitConnect, que é considerado um dos maiores esquemas de esquema Ponzi relacionados à criptomoedas da história – que fechou em janeiro de 2018.

Classificação

Notavelmente, a Coinopsy criou quatro categorias para criptoativos mortos. São as seguintes:

  1. ICO Dead Coins: Criptoativos gerados via ICOs cujos projetos não vingaram e foram descontinuados;
  2. Joke Dead Coins: Tokens criados com o propósito de fazer piadas, como a Dogecoin (que existe até hoje);
  3. Abandoned Dead Coins: Criptoativos/tokens que foram abandonados por motivos diversos;
  4. Scam Dead Coins: Criados com o único objetivo de aplicar golpes (ex: Bitconnect).

Atualmente, há 113 ICO Dead Coins identificadas pela Coinopsy, o que significa que esses projetos lançaram uma ICO, mas nunca entregaram um produto ou atualizações sobre o desenvolvimento contínuo de sua plataforma. Os tokens também podem ser classificados como ICO Dead Coins (pela Coinopsy) se forem usados para realizar esquemas de pump-and-dump ou outros tipos de manipulação de mercado, enquanto não houver qualquer adoção real.

Recentemente, grandes jornais também se debruçaram em analisar projetos de criptoativos que desapareceram. O Wall Street Journal (WSJ) descobriu que mais de 15% dos projetos que levantaram fundos via ICOs durante 2017 e 2018 cometeram plágio em documentos ou simplesmente copiado idéias de outros projetos. Houve também um número bastante grande de ICOs que prometeram “retornos improváveis” e falharam na entrega, revelou o WSJ.

Isso mostra que, de fato, houve uma bolha nesse mercado durante a expressiva alta do ano passado. Com o fim da euforia e a volta a normalidade, foi revelado quais projetos apresentavam algum valor real. E a “morte” levou os que não tinham nada de inovador.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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