A BlackRock, maior administradora de ativos e ETFs do mundo, tem realizado movimentos em direção ao mercado de criptoativos. No entanto, um ETF de Bitcoin está fora dos planos da empresa – ao menos por enquanto.
A afirmação foi dita pelo CEO da empresa Larry Fink. Segundo o portal de notícias CCN, Fink afirmou que nenhum ETF será lançado “até que a indústria se torne ‘legítima’”.
“Eu não diria nunca – quando dor legítimo, sim”, disse Fink na conferência do New York Times Dealbook. “[O ETF] terá que ser apoiado por um governo. Eu não sinto que qualquer governo permitirá isso, a menos que eles tenham uma noção de para onde irá esse dinheiro.”
Esquemas e fraudes
Na entrevista, Fink expressou preocupação com o potencial de fraudes, lavagem de dinheiro e evasão fiscal, porque a indústria de criptoativos é descentralizada, anônima e amplamente livre de regulamentações.
Até que isso mude, disse Fink, a BlackRock – que tem US$6,4 trilhões em ativos sob sua gestão – não lançará um ETF baseado nesses ativos. Ele, inclusive, fez uma alusão ao possível uso do Bitcoin para lavagem de dinheiro, crítica já feita pelo “homem de 6 trilhões de dólares” no ano passado.
“Eu vislumbro um dia em que poderíamos ter negociação eletrônica para uma criptomoeda que poderia ser uma reserva de valor”, disse Fink. “Mas agora, o mundo não precisa de uma reserva desse tipo, a menos que você precise dessa reserva para coisas que não deveria estar fazendo.”
Em julho desse ano, Fink já havia desmentido rumores que apontavam esforços da BlackRock em desenvolver produtos de investimento ligados a criptoativos. Na ocasião, o CEO afirmou que a empresa não recebeu uma demanda expressiva por esses produtos.
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A BlackRock começou a explorar futuros de Bitcoin e outras formas de ganhar exposição às criptomoedas e à blockchain em julho de 2018. A decisão veio depois que Larry Fink repetidamente criticou o ativo como um “vetor para lavagem de dinheiro”.
Apesar de seu ceticismo em relação às criptomoedas, tanto Fink quanto a BlackRock têm sido otimistas sobre blockchain por anos. A empresa, por sinal, utiliza tecnologia blockchain para fornecer suporte aos seus fundos.
“Temos muita esperança na blockchain”, disse Fink. “O maior uso para a tecnologia será em hipotecas, pedidos de hipoteca, propriedade de hipoteca – qualquer trabalhado que ainda seja feito via papel.”