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Brasileiro Ronaldo Lemos fará parte de conselho independente de fiscalização de conteúdo do Facebook

Nesta quarta (6), o Facebook anunciou os 20 primeiros escolhidos para fazer parte do novo conselho de supervisão de conteúdo independente. O conselho foi anunciado em 2018, no auge da crise depois do escândalo da Cambridge Analytica, que revelou o uso indevido de dados pela rede social para manipular campanhas políticas, entre outras coisas.

De acordo com a empresa, a principal atribuição do conselho de supervisão do Facebook será decidir que tipos de conteúdos são permitidos ou proibidos na rede social e também no Instagram. Atualmente, a responsabilidade de julgar o que pode e o que não pode ser publicados nas redes é do próprio Facebook. A “terceirização” dessa atividade para um conselho independente faz parte de uma estratégia de evitar críticas sobre a arbitrariedade no processo, que muitos acusam de “censura”.

O Facebook comentou sobre as escolha dos conselheiros:

“Com o nosso tamanho, há uma grande responsabilidade e, embora sempre tenhamos consultado especialistas sobre a melhor forma de manter nossas plataformas seguras, até agora, tomamos as decisões finais sobre o que deve ser permitido em nossas plataformas e o que deve ser removido. E essas decisões geralmente não são fáceis de tomar — a maioria dos julgamentos não tem resultados óbvios ou incontroversos, e muitos deles têm implicações significativas para a liberdade de expressão. Por isso, criamos e capacitamos um novo grupo para exercer um julgamento independente sobre algumas das decisões de conteúdo mais difíceis e significativas.”

Um brasileiro no conselho

Entre os 20 membros escolhidos para o conselho está um brasileiro, o advogado e especialista em tecnologia Ronaldo Lemos. Lemos também é diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio), instituição parceira da startup brasileira OriginalMy no desenvolvimento do Mudamos, aplicativo que utiliza blockchain para registrar assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular.

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Falando ao jornal Folha de São Paulo, do qual também é colunista, Lemos destacou a responsabilidade de fazer parte de um conselho que possui membros do mundo inteiro. “(A missão) proteger a liberdade de expressão e a saúde das comunicações online”, afirmou.

Em 2019, Lemos sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro utilizasse a tecnologia do Mudamos para coletar as assinaturas para formar o partido Aliança pelo Brasil logo após a saída de Bolsonaro do PSL.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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