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Brasil se reúne com Uruguai, Paraguai e Argentina para desenvolver blockchain colaborativa

O Brasil usará a tecnologia blockchain para trocar informação com os países do Mercosul, como mostrou o CriptoFácil. Batizada de bConnect, a utilização dessa tecnologia foi tema de um encontro colaborativo que reuniu delegações do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, na Regional do Serpro em Porto Alegre, de 1º a 05 de julho.

Segundo um comunicado oficial do Serpro, os profissionais passaram a semana trabalhando no primeiro protótipo dedicado à troca de dados referentes a empresas cadastradas para operar no comércio exterior, atividade essencial para a aduanas dos países.

“O evento que ocorreu aqui em Porto Alegre não foi uma reunião de testes, um encontro pra brainstorm. Foi já a prototipagem do produto que estamos desenvolvendo em colegiado com outros países”, destacou Ronald Cesar Thompson, auditor da Receita Federal do Brasil.

“A previsão é de que a rede já esteja concluída nos próximos dias, para que até o começo de agosto comece a operar. Informações do comércio exterior do Uruguai passam a transitar pelo Brasil, assim como as do Brasil pelo Uruguai. Na fase seguinte, a expectativa é de que a troca de informações se dê entre todos os países do bloco”, explica Paulo Ramos, representante da Superintendência de Relacionamento com Clientes Fazendários e Comércio Exterior do Serpro.

O evento foi o primeiro encontro sobre blockchain no Mercosul e visa criar uma rede que conecte Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil para troca de informações, inicialmente sobre comércio exterior.

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“Começaremos esse processo com o Uruguai, e, talvez, já também com Paraguai. O produto se chama bConnect: b de blockchain, e connect, de conexão. Seu objetivo é conectar os países em uma rede, de forma segura”, explica Thompson.

Em um contexto der relações exteriores, a blockchain resolver uma questão importante ao permitir que se preserve a autonomia de cada uma das administrações aduaneiras. “Precisamos fazer com que as informações trafeguem. Porém, um país desenvolver um sistema e subordinar o outro não seria uma opção viável. Então a camada criada terá esse caráter confederativo, no qual os países se integram, sem se sobrepor, sem perder soberania”, destaca o representante da Receita Federal, Ronald Cesar Thompson. Com a assinatura do acordo com a União Europeia, seria aberta a perspectiva de bConnect ser utilizado com outros países, além dos que compõem o Mercosul.

“É uma iniciativa disruptiva, que inova, inclusive, no panorama internacional”, avalia Thompson.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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