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Bolsas de valores restringem suas atividades e mostram mais uma vantagem do mercado de criptoativos

A expansão da pandemia de coronavírus teve um forte impacto no mercado financeiro, causando uma verdadeira derrubada nas bolsas. Por conta disso, pelo menos dois países anunciaram medidas de restrição nas negociações destes mercados.

Espanha proíbe vendas

A autoridade regulatória do mercado financeiro da Espanha, a Comissão Nacional de Mercado de Valores Mobiliários (CNMV, na sigla em espanhol), interrompeu as vendas a descoberto (short selling), em um esforço para proteger as ações locais da recessão causada pela pandemia.

De acordo com a Bloomberg, a proibição teve início na terça-feira, 17 de março, e durará um mês, com possível prorrogação por períodos adicionais de no máximo três meses. Em um e-mail para a Bloomberg, a CNMV explicou as razões que a levaram a tomar tal ação.

“Devido à extrema volatilidade dos mercados de valores mobiliários europeus, incluindo os da Espanha, seu desempenho no contexto da situação surgiu como resultado do vírus COVID-19 e o risco de negociação desordenada nas semanas seguintes. Outro fator considerado foram as consequências do anúncio do estado de emergência.”

Bolsa das Filipinas é fechada

Já nas Filipinas, o governo tomou uma atitude ainda mais drástica: encerrar por completo as atividades da bolsa de valores. A bolsa fechou na terça-feira, 17 de março, por período indeterminado, e as negociações de moedas e títulos foram suspensas. As Filipinas foi o primeiro país a determinar a paralisação total de mercados, que, segundo as autoridades, visa mitigar os riscos à segurança dos operadores.

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A bolsa filipina disse que os negócios foram suspensos até novo aviso “para garantir a segurança de funcionários e operadores”, em meio a um isolamento nacional mais amplo. O órgão mencionou preocupações com a saúde como motivo para o fechamento.

Impacto do coronavírus afeta o mercado financeiro

O coronavírus atingiu a economia mundial em cheio, pressionando o Banco Central dos Estados Unidos  (Fed) a cortar as taxas de juros para 0%, numa tentativa de estimular a economia. A autoridade regulatória financeira do estado de Nova York, por sua vez, exigiu que todas as empresas regulamentadas envolvidas em atividades relacionadas com criptoativos enviem “planos de preparação” detalhados para enfrentar a pandemia, conforme relatou o CriptoFácil.

Aqui no Brasil, os impactos da pandemia fizeram o índice Ibovespa amargar perdas de 35% nas últimas duas semanas. A B3 afirmou que já acionou seu plano de contingência, dividindo grupos para trabalharem remotamente, de lugares diferentes. “Estamos garantindo a segurança dos funcionários e a continuidade dos nossos negócios”. Porém, não há planos de fechar as atividades da bolsa.

A mera possibilidade do impedimento das negociações em bolsa de valores reforça o principais argumento de muitos entusiastas do Bitcoin: o dinheiro estatal não é verdadeiramente seu. Governos podem, ao seu bel-prazer, determinar o bloqueio de negociações em momentos de pânico – via fechamento de bolsas ou circuit breakers – imprimir dinheiro para salvar bancos e empresas e, em último caso, confiscar o dinheiro da população ou impedi-la de sacar através da imposição de feriados bancários.

Enquanto isso, as empresas do mercado de criptoativos (exchanges, mercados futuros e derivativos) seguem operando em um verdadeiro livre mercado: sem circuit breakers e sem bloqueio de negociações, ativas 24 horas por dia e 7 dias por semana. Assim como a própria rede do Bitcoin, ativa há mais de 10 anos e sem nunca ter sido interrompida um minuto sequer.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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