Em uma reunião de emergência realizada no domingo, 15 de março, o banco central dos Estados Unidos (Fed) comunicou mais um corte drástico na taxa de juros do país. De uma só vez, o Fed reduziu 100 pontos-base na taxa, que passou do intervalo de 1%-1,25% para 0%-0,25%.
E além do novo corte, o Fed lançou mais um programa de estímulo para combater os efeitos da pandemia do coronavírus. O pacote terá o valor total de US$700 bilhões, sendo US$500 bilhões para a compra de títulos do governo norte-americano e US$200 bilhões para a compra de hipotecas de famílias do país.
“As operações de recompra continuarão sendo oferecidas por pelo menos US$175 bilhões em recompra todos os dias, pelo menos US$45 bilhões em recompra de duas semanas duas vezes por semana e US$500 bilhões em recompra de prazo de um mês e US$500 bilhões em recompra de prazo de três meses cada semana”, afirmou o Fed em seu comunicado.
O corte emergencial é o segundo realizado pelo Fed em duas semanas. No dia 03 de março, o banco central já havia cortado a taxa em 75 pontos-base, saindo de 1,75%-2% para 1%-1,25%. Além disso, esta também foi a segunda reunião emergencial do Fed em duas semanas. O corte do dia 15 foi realizado apenas três dias antes da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), o órgão que define as taxas de juros nos EUA, o que mostra que a situação parece mais drástica do que o previsto.
Após o anúncio do Fed , o presidente norte-americano, Donald Trump, parabenizou a iniciativa, chamando-a de “formidável”. Nos últimos meses, o mandatário vinha criticando a autoridade monetária do país sistematicamente, solicitando novos cortes na taxa de juros para tornar o país mais competitivo frente às taxas aplicadas na Europa e no Japão.
Expectativa
A expectativa com o novo – e drástico – corte de juros é que a economia possa se recuperar das crescentes baixas oriundas da epidemia, especialmente no mercado financeiro. Na última semana, as bolsas norte-americanas registraram as piores quedas da sua história em mais de 30 anos.
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No entanto, os mercados reagiram mal aos anúncios do Fed. Até o momento da finalização deste texto, o índice Ibovespa caiu mais de 12% na abertura do pregão desta segunda-feira, obrigado a B3 a acionar mais um circuit breaker, o quarto em menos de 7 dias. Já o dólar comercial abriu em forte alta de 2,90, aos R$4,95. O Bitcoin, por sua vez, apresenta uma queda de 10,63% até o momento, cotado abaixo dos US$5.000,00.
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