Economia

BlockFi: SEC adia multa milionária para beneficiar credores

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) informou que vai adiar o recebimento de uma multa milionária aplicada à empresa de empréstimos de criptomoedas falida BlockFi.

Por enquanto, e em benefício dos credores da empresa, o regulador dos EUA abrirá mão da multa de US$ 30 milhões (R$ 143 milhões). Quando todos os credores tiverem sido reembolsados, a SEC voltará a cobrar a BlockFi, de acordo com um processo judicial de quinta-feira (22).

Vale destacar que os US$ 30 milhões em questão correspondem ao valor que resta da multa inicial da SEC de US$ 50 milhões. A multa é por não registro para a oferta e venda de produtos de empréstimo em 32 estados dos EUA.

De acordo com a SEC, a ideia de adiar o recebimento da multa visa “maximizar o valor que pode ser distribuído aos investidores e evitar atrasos nessa distribuição”.

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BlockFi, SEC, falência e credores

A BlockFi havia concordado em liquidar a multa da SEC em fevereiro de 2022. No entanto, a empresa de empréstimos de cripto declarou falência após o colapso da exchange de criptomoedas FTX em novembro do ano passado. 

Na ocasião, a BlockFi citou um “rombo” de US$ 1 bilhão em seu balanço patrimonial como resultado da exposição à exchange e sua empresa irmã Alameda Research.

Quando isso ocorreu, a BlockFi sugeriu que o dinheiro devido à SEC deveria ser pago após outras dívidas com os credores. Inicialmente, o regulador dos EUA discordou disso e afirmou que deveria receber ao mesmo tempo em que os demais credores. Mas agora, a nova decisão concede à empresa um certo “alívio” temporário.

A BlockFi formulou um plano de reorganização para apresentar ao tribunal de falências em julho deste ano. Em maio deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, a BlockFi submeteu ao tribunal um pedido para liquidar sua plataforma de empréstimo e, assim, pagar os credores. 

Durante os últimos meses, a BlockFi realizou tentativas inúteis de vender a plataforma de empréstimo a terceiros. Houve ofertas para a compra, mas a BlockFi rejeitou todas alegando que o valor oferecido era menor do que as estimativas da empresa.

De acordo com o pedido de falência da BlockFi, a empresa tem mais de 100.000 credores com passivos que variam entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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