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Bitcoin está 30% mais atrativo que o dólar para os argentinos

“Long Bitcoin, short bankers” – um slogan usado incansavelmente por apoiadores da criptomoeda agora parece ter se tornado lema na Argentina, isso como resultado do atual governo de Mauricio Macri, que auxiliou no processo do país tornar-se uma das economias que vivenciam as maiores crises econômicas do mundo atual.

De acordo com o portal de notícias BeInCrypto, em meio à turbulência política que o país vem sofrendo e com as eleições que ocorreram no último fim de semana, os argentinos estavam pagando US$1,5 físicos por cada dólar em Bitcoin.

A notícia ainda afirmou que uma das razões por trás do preço inflacionado pode ser devido às restrições ao acesso a dólares impostas pelo Banco Central da Argentina como uma medida para preservar a liquidez monetária do país. O banco determinou que os argentinos podem comprar legalmente apenas US$100 físicos e U$200 eletrônicos por mês, um valor bem menor comparado aos US$10 mil permitidos antes da semana passada.

Bitcoin: salvador da América Latina?

A América Latina está pegando fogo! Os presidentes do Chile, do Equador, da Colômbia, do Peru, de Honduras e do Haiti estão enfrentando protestos de suas populações, e os mercados reagiram como se esperaria de um grupo de investidores em defesa.

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Depois que os resultados das eleições argentinas foram anunciados no último domingo, 27 de outubro, a necessidade de adquirir dólares causou uma forte desvalorização do peso argentino. Diante da impossibilidade de obter o dinheiro físico necessário, o Bitcoin parece ser a luz no fim do túnel para os argentinos.

Por cada dólar em Bitcoin, os argentinos pagavam mais de 90 pesos. Até o fechamento deste artigo, preço do dólar fiduciário era de cerca de 59,5 pesos argentinos, de acordo com a Bloomberg Markets.

Segundo dados da Latin American Exchange Ripio, o Bitcoin tem um valor próximo de 755.880 pesos argentinos. Dividindo esse valor pelos US$9.466 que um BTC custava no momento da escrita, o valor de um dólar em BTC na argentina seria de quase 80 pesos (US$1,34 por cada US$1 em BTC), uma variação de cerca de 30%.

 

As criptomoedas crescem porque resolvem um problema

Mesmo antes do pânico político, os argentinos já tinham experiência em pagar preços inflacionados no mercado de criptomoedas. Um dia após as eleições primárias, o país sofreu uma quebra de mercado de 48% – a maior de sua história. Ao mesmo tempo, o BTC atingiu um prêmio de quase US$12.500 por unidade.

Da mesma maneira, as stablecoins tornaram-se tudo menos estáveis na Argentina. Em meados de setembro, a DAI, uma stablecoin popular no país, sofreu um aumento de 30% em seu preço sem explicação aparente.

Parece que os argentinos estão se recuperando do choque de ter um novo presidente. Enquanto isso, eles se sentem cada vez melhores com a ideia de serem seu próprio banco, e o Bitcoin está emergindo como um refúgio diante de uma economia que atualmente está passando por um dos episódios mais dolorosos da história.

Leia também: Argentina restringe ainda mais a compra de dólares após eleições e Bitcoin pode se beneficiar

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Julia Santos

Estudante de engenharia e entusiasta do mundo da blockchain e criptomoedas

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