A Argentina é um importante mercado para o Bitcoin na América Latina. Em termos de adoção, lá, já é possível usar Bitcoin para fazer pagamentos no transporte público e até mesmo em transações internacionais, envolvendo o Paraguai – outro país da América Latina.
Em abril de 2019, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a Argentina enxergou no Bitcoin uma forma de reduzir a demanda por dólares norte-americanos dentro do país. Em julho deste ano, a movimentação de Bitcoins pelos investidores argentinos na plataforma LocalBitcoins atingiu seu nível mais alto desde novembro de 2018.
Em setembro, a compra de dólares por cidadão argentino foi limitada a US$10 mil, conforme noticiado pelo CriptoFácil. Na ocasião, foi relatado que a medida argentina poderia impulsionar o uso do Bitcoin como reserva de valor, uma vez que os argentinos não poderiam mais converter seus fundos em dólares.
Parece que essa possibilidade torna-se ainda mais real com a recente decisão do governo argentino. Após a vitória da esquerda nas eleições presidenciais neste domingo, 27 de outubro, o Banco Central da Argentina decidiu reduzir ainda mais o limite para a compra de dólares por seus cidadãos – de US$10 mil, caiu para US$200.
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De acordo com o presidente do Banco Central de Argentina Guido Sandleris:
“Sei que essa medida, embora transitória, é rígida e afeta muitas pessoas. Seu objetivo é preservar reservas durante esse período de transição até que o novo governo defina sua política econômica e a incerteza se dissipe.”
Em suma, a ação visa manter as reservas do Banco Central até que a incerteza gerada pela transição de regime de mercado deixe o país. Contudo, tendo em vista o índice inflacionário do peso e sua desvalorização perante o mercado internacional, é provável que os cidadãos argentinos recorram ao Bitcoin para manter suas economias.
Este pode ser um exemplo claro e próximo do Bitcoin atuando como reserva de valor.
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