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Bitcoin, Criptomoedas e Copa do Mundo: uma experiência direto da Rússia

Embora a Copa do Mundo da FIFA, atualmente em curso na Rússia, tenha sido saudada como um dos principais eventos globais a aceitar pagamentos em criptomoedas, na prática, como informa John Iadeluca, desenvolvedor e entusiasta das criptomoedas, não é tão simples como algumas reportagens têm mostrado.

John está na Rússia e realizou uma série de tentativas de comprar itens físicos com Bitcoin nas lojas que haviam anunciado aceitar criptomoedas como pagamento na expectativa de impulsionar suas vendas com a imensa massa de torcedores de todo o mundo que estão no país por conta do evento. A experiência de John começou no restaurante Valenok, especializado em cozinha russa e um dos primeiros lugares em Moscou a começar a aceitar criptomoedas como pagamento.

Ao tentar reservar uma mesa e anunciar que pagaria com Bitcoin, ele foi surpreendido com a seguinte frase de um dos funcionários:

“Eu sei que de fato aceitamos Bitcoins várias vezes no passado, mas tenho que perguntar se podemos fazer isso agora.”

Depois, ao consultar o gerente, o funcionário retornou com a negativa:

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“Não estamos aceitando criptomoedas agora, mas você pode pagar com um cartão ou com dinheiro. Devemos aceitar criptomoedas novamente em algum momento no futuro, mas não tenho ideia de quando isso acontecerá.”

Em seguida foi até a LavkaLavka, uma cooperativa de agricultores que também anuncia aceitar criptomoedas como forma de pagamento, e dessa vez recebeu novamente uma resposta negativa:

“Infelizmente, não estamos temporariamente aceitando Bitcoins”, anunciou o gerente da loja.

John então decidiu ir ao Pivoteka 465, um empório de bebidas, onde, enfim obteve êxito:

“Claro, você pode pagar aqui em Bitcoins. Iremos gerar um QR code para você na caixa registradora e você poderá debitar a quantia exigida de sua carteira eletrônica usando seu smartphone”, explicou o garçom.

O mesmo êxito aconteceu quando John tentou reservar um quarto no hotel SPBInn em São Petersburgo.

“É encorajador que algumas lojas estejam tentando trabalhar com criptomoedas, isso significa que não estamos andando em círculos e que algum progresso está sendo feito. É claro que ainda é cedo para falar sobre esta Copa do Mundo como um novo paradigma na aceitação das criptomoedas, mas não descarto a possibilidade de que a situação na Rússia e na Europa mude nos próximos dois anos. As criptomoedas serão reguladas e os participantes do mercado começarão a entender as regras para trabalhar com elas”, declarou Daria Generalova, co-fundadora da ICOBox, o maior fornecedor mundial de soluções SaaS para preparar e manter ICOs.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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