B3 é autorizada pela CVM a lançar empresa de ativos digitais

A bolsa de valores do Brasil, a B3, vai lançar uma empresa de ativos digitais em sociedade com sua subsidiária BLK. A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, a CVM, emitiu a autorização para o lançamento da empresa.

Conforme a ata de reunião que a autarquia divulgou em seu site na quarta-feira (1º), a empresa da B3 se chamará B3 DA (B3 Digital Assets).

Na prática, a empresa vai oferecer serviços de compra e venda de ativos digitais. Além disso, vai prestar serviço de verificação da existência e titularidade de ativos negociados em ambiente virtual.

Ao mesmo tempo, a B3 DA vai constituir um banco de dados e atividades correlatas. Isso inclui organização, gerenciamento e coleta de informações cadastrais, processamento e inteligência de dados.

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“O objetivo da B3 com a B3 DA seria acompanhar a tendência de aproximação do mercado financeiro com o segmento de ativos virtuais e reduzir a complexidade de acesso a esse mercado”, destacou a CVM.

B3 Digital Assets

Para tanto, a B3 DA pretende “explorar oportunidades de negócio no segmento de ativos virtuais”. A empresa vai atuar, sobretudo, por meio da disponibilização de infraestrutura B2B (business-to-business).

Nesse contexto, a B3 DA vai atender instituições financeiras, corretoras e outras instituições não financeiras. Assim vai funcionar, na prática, como uma provedora de infraestrutura para viabilizar o acesso desse público ao mercado de ativos virtuais.

Ademais, a B3 informou que pode ampliar as atividades da B3 DA para atender a necessidade de clientes. Ou então para atender as exigências regulatórias que venham a ser estabelecidas. A bolsa citou, inclusive, as evoluções sobre tokenização de ativos.

Decisão da CVM

De acordo com o documento, a CVM analisou o crescente uso da tecnologia DLT e da representação digital de ativos.

Com base nisso, a autarquia constatou que “parece adequado permitir que a B3, que desempenha importante papel no mercado de valores mobiliários como provedora de ambiente de negociação e registro e serviços de pós-negociação, possa iniciar sua incursão no universo dos ativos virtuais”.

Por fim, ao considerar a classificação de risco da B3, a CVM ressaltou que a operação da B3 DA representa uma exposição de risco em nível baixo.

A BLK, parceira da B3 no negócio, é uma empresa voltada para a criação e desenvolvimento de softwares e algoritmos. Os seus produtos são aplicados no mercado de capitais e derivativos financeiros.

Em março de 2019, a B3 comprou 75% da BLK. Em seguida, adquiriu os 25% restantes em setembro de 2020.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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