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Autoridades sul-coreanas processam executivos da Terraform em R$ 800 milhões

Cerca de duas semanas após a prisão de Do Kwon, CEO da Terraform Labs, as autoridades da Coreia do Sul ainda aguardam sua extradição de Montenegro. Mas enquanto isso, os promotores correm em busca dos bens da Terra.

De acordo com notícias locais, as autoridades fizeram o bloqueio e apreensão de bens de executivos ligados à empresa. No total, as apreensões chegam a US$ 160 milhões, ou cerca de R$ 816 milhões em valores atuais.

Custódia de Kwon sob disputa

Por enquanto, a custódia de Do Kwon está sob disputa ferrenha. Conforme noticiou o CriptoFácil, o executivo foi preso em Montenegro no dia 23, devido ao mandado da Interpol. Em seguida, as autoridades da Coreia do Sul e dos Estados Unidos iniciaram uma disputa pela sua extradição.

Após a prisão de Kwon, a polícia coreana solicitou um mandado de prisão para Shin “Daniel” Hyun-Song, cofundador da Terraform Labs. O pedido foi negado, pois a Justiça do país não acreditava que ele pretendia destruir provas. Além disso, Song ainda estava na Coreia do Sul e não havia risco iminente de fuga, segundo os juízes.

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Com a rejeição do pedido, a polícia sul-coreana decidiu tomar outras medidas contra Song e outros executivos da Terraform Labs. Nesse sentido, eles confiscaram os bens desses executivos para impedi-los de ter recursos para sair do país.

No caso de Shin, as autoridades confiscaram imóveis, dinheiro e outros bens sob controle do executivo. A ação também atingiu outra pessoa ligada a Terraform Labs, mas as autoridades não revelaram sua identidade. Junto com os executivos, a polícia confiscou os bens de mais cinco funcionários da Terraform Labs.

O valor total das propriedades apreendidas é de 210 bilhões de wones, o que dá os R$ 816 milhões já citados. A maior parte consiste em imóveis no nome de Song, mas o executivo não identificado teve US$ 31 milhões em bens confiscados.

A parte confiscada de Song, por outro lado, valia quase o dobro desse total. Por fim, o restante do valor está distribuído entre bens de outras pessoas ligadas a empresa.

Medida preventiva

De acordo com a agência de notícias KBS, as autoridades justificaram a apreensão como uma “medida preventiva”, isto é, para garantir que todos os bens dos suspeitos em questão permaneçam disponíveis para litígio pós-julgamento. Caso sejam considerados culpados, os bens servirão para arcar com eventuais restituições para as vítimas do colapso da Terra.

De acordo com a acusção, Song utilizou informações privilegiadas para lucrar com operações envolvendo os tokens LUNA e UST. No total, as autoridades estimam que o executivo supostamente auferiu 100 bilhões de wones, ou cerca de R$ 387 milhões.

“Ainda estamos investigando o status de propriedade dos suspeitos e planejamos realizar a preservação da coleção para a propriedade confirmada no futuro, a fim de recuperar o produto do crime e recuperar os danos”, disseram as autoridades.

Se as alegações sobre o uso de informações privilegiadas de Song forem verdadeiras, isso significaria que mesmo a apreensão de seus imóveis não seria suficiente para cobrir o valor obtido por meios ilegais, com mais US$ 11 milhões não contabilizados.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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