Segurança

Worldcoin assume que é possível falsificar íris nos dados do projeto

Nos últimos anos, o uso da íris humana como um atributo para verificar a identidade tem sido comum, porém, uma descoberta preocupante abalou o projeto de criptomoedas Worldcoin.

Segundo Tiago Sada, chefe de design e engenharia da Tools For Humanity, empresa responsável pelo desenvolvimento dos produtos da Worldcoin, a íris humana pode ser falsificada até mesmo com fotografias de alta resolução disponíveis em redes sociais.

Sada reconheceu que qualquer pessoa pode escanear o globo ocular de outra, simplesmente acessando suas fotos em redes sociais como Instagram e Facebook. Essa vulnerabilidade abre uma brecha significativa de segurança, uma vez que sistemas de inteligência artificial e verificação de identidade, embora avançados, não são infalíveis.

A possibilidade de ataques de suplantação de identidade ou o uso de fotos falsas, obtidas em redes sociais, para verificar a identificação de alguém é uma realidade preocupante. Além disso, há o risco de que indivíduos mal-intencionados escaneiem as íris dos usuários e vendam esses dados na dark web.

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Worldcoin admite chance de falsificação

Esse alerta não é novo. Desde 2012, estudos têm demonstrado a possibilidade de enganar scanners de dados biométricos. Pesquisadores da Universidade Autônoma de Madrid criaram imagens de globos oculares a partir de códigos digitais de íris verdadeiros, obtidos em bases de dados. Em 80% dos casos, scanners comerciais identificaram as falsificações como olhos humanos reais.

Atualmente, redes sociais como Instagram e Facebook são fontes valiosas de imagens, facilitando a obtenção de códigos de íris para falsificação de identidade.

Além disso, uma auditoria recente revelou que os escaneamento da íris feito pela Worldcoin apresenta riscos de privacidade, uma vez que a memória não é bloqueada na RAM dos Orbs. Isso significa que informações biométricas dos usuários podem permanecer indefinidamente na memória dos dispositivos.

Embora informativa, essa situação é preocupante, considerando o aumento da demanda pelo Worldcoin e a presença dos Orbs em diversos países, incluindo o Chile e Brasil.

O preço do WLD, token nativo da Worldcoin, recuou cerca de 3% nas últimas 24 horas para US$ 7,86, de acordo com dados do CoinGecko.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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