O governo dos Estados Unidos está buscando reivindicações que variam entre US$ 3 e US$ 5 bilhões contra a exchange de criptomoedas “falida” FTX. Foi o que revelou um documento judicial divulgado na quarta-feira (20). No entanto, esse valor está sujeito a alterações e negociações com as autoridades aplicáveis.
De acordo com o pedido do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, o montante total das reivindicações fiscais dos EUA permanece incerto.
Pelos termos do processo de recuperação da empresa, uma vez que todas as reivindicações governamentais e fiscais forem pagas, os devedores poderão utilizar os rendimentos restantes para fazer distribuições aos acionistas.
Caso FTX
É importante observar que, segundo as prioridades do Capítulo 11 para o patrimônio, a FTX pagará primeiro os clientes, os credores da Alameda Research, as despesas administrativas e as reivindicações de credores não governamentais. Só depois a gestão pagará reivindicações governamentais e fiscais.
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Os devedores propõem utilizar 100% dos fundos ou ativos devolvidos ao patrimônio da FTX pela Procuradoria dos EUA ou outras autoridades governamentais para distribuições para clientes da FTX.com e credores da Alameda, incluindo um acordo com a BlockFi.
Após despesas administrativas e credores não governamentais, até 25% do valor distribuível será disponibilizado para pagar reivindicações de impostos federais sobre a renda dos EUA. Por fim, a empresa usará o restante para pagar reivindicações da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) e outras autoridades governamentais, conforme observado no processo judicial.
Em setembro do ano passado, o espólio da FTX relatou a recuperação de US$ 7 bilhões em ativos. No entanto, este número deve ter aumentado com a valorização das criptomoedas.
A FTX entrou com pedido de proteção contra falência em novembro de 2022. Seu ex-CEO, Sam Bankman-Fried, foi condenado por fraudar usuários e investidores da FTX em novembro de 2023. Atualmente, ele aguarda a expedição de sua sentença.
Também na quarta-feira (20), o atual CEO da FTX, John J. Ray III, contestou a afirmação de Bankman-Fried de que houve “zero” dano aos clientes no colapso catastrófico da plataforma. Ele chamou a declaração de SBF de “imprudente” e “falsa”.