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Wi-fi gratuito pode ser uma armadilha para roubar seus Bitcoins

 

Estradas lotadas, recesso e sol marcam as famosas férias de início de ano. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), mais de 100 milhões de pessoas viajaram entre julho de 2017 e junho de 2018 e, para melhorar a experiências de seus clientes, grande parte dos hotéis, aeroportos, rodoviárias e pontos turísticos disponibilizam Wi-Fi gratuito. No entanto, a facilidade pode tornar-se um pesadelo, pois criminosos podem se aproveitar das vulnerabilidades envolvidas na conexão e roubar seus Bitcoins, informações pessoais e muitas outras informações.

Em 2016, por exemplo, a agência de vigilância digital do Reino Unido (GCHQ) alertou as pessoas sobre um grupo russo de cibercriminosos, o “Fancy Bear”, que tinha como alvo as redes Wi-Fi de hotéis para instalar um malware nos dispositivos dos usuários. O Fancy Bear também é acusado pelos EUA, como mostrou o Criptomoedas Fácil, de ser o principal responsável pelo vazamento dos emails da candidata à presidência na época Hillary Clinton, e de ter usado Bitcoin para financiar suas atividades, cobrir os rastros e tentar ocultar suas identidades na ânsia de alterar e influenciar os resultados da eleição norte-americana.

Segundo André Duarte, da Arcon, empresa especializada em cibersegurança, não é apenas nos roteiros que os viajantes devem ficar atentos. ‘’Em geral, as pessoas não resistem a um sinal de Wi-Fi grátis, mas, sem o devido cuidado, essa prática pode colocar em risco as informações pessoais do usuário’’, destaca. Já existiram casos em que um holder de Bitcoin perdeu cerca de US$117 mil em BTC quando estava utilizando este tipo de conexão e foi surpreendido por hackers que se infiltraram em sua conta por meio da rede pública em que estava conectado e limparam seu saldo.

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Dados de 2017 do Wi-Fi Risk Report mostram que 58% dos brasileiros acreditam que seus dados pessoais estão seguros ao se conectar à uma uma rede de Wi-Fi pública. Para evitar aborrecimentos, especialmente na época das férias, o especialista recomenda ficar de olho nessas cinco dicas, tais como, não fazer nenhuma transação financeira quando conectado neste tipo de serviço; desligar o Wi-Fi quando não estiver usando o sinal para fazer algo; não confiar em redes que não peçam senhas ou algum tipo de autenticação; limpar os cookies do seu navegador e desativar o compartilhamento de arquivos.

‘’Dicas simples como criar senhas complexas de acessos, misturando letras e números, não utilizar a mesma senha para todas as contas e sempre finalizar a sessão após o uso podem parecer simples, mas protegem o usuários dos golpes’’, finaliza.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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