Tecnologia

Web3 não está levando a privacidade a sério o suficiente, diz CEO do Brave

Para o fundador e CEO da Brave, Brendan Eich, a privacidade não está sendo levada a sério pelas empresas na Web3. Assim, segundo disse em uma entrevista a Stephen Graves, na Web Summit 2022, a Web3 precisa ser diferente daWeb2 neste quesito.

Antes de fundar a Brave, Eich foi o criador da linguagem de programação JavaScript e CTO da Mozilla. Dessa forma, com amplo conhecimento sobre o setor no qual está inserido, Eich destaca que a Web3 deve defender os dados dos usuários.

“O ideal da Web3 deve defender os dados do usuário no limite máximo: seus dispositivos, os supercomputadores no seu bolso e no seu colo. Assim, eles podem se conectar, direta e indiretamente, por meio dos protocolos criptográficos a nós de blockchain e servidores Web3. Tudo isso para que não coletam dados para criar poderes de mercado abusivos”, disse.

Privacidade

Desse modo, segundo ele, as pessoas mantêm o poder na borda das redes p2p e cliente/servidor, protegidas criptograficamente.

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“Essa visão inverte a hierarquia de valor mesquinha dos poderes da Web2 Big Tech (Google, Meta, etc.). Desse modo, embora eles digam que se preocupam com os usuários, mas devem acima de tudo servir seus acionistas. E não só eles, também os compradores de anúncios, editores e outros atores ainda menos respeitáveis ​​(estados nacionais e agências de três letras, por exemplo)”, afirmou.

No entanto, segundo ele, quando protocolos da Web3 anunciam parceria com o Google para serviços em nuvem, eles acabam com a privacidade. Assim, ele destaca que os protocolos de WEb3 precisam preservar a privacidade e construir ‘pró descentralização e não o contrário.

“Isso inevitavelmente resulta em usuários como meras ovelhas para cortar seus dados baseados em atenção. Enquanto cria tesouros para hackers atacarem e fraudadores de anúncios trapacearem. Problemas de privacidade, trolls, bullies, psyops e todos os outros males da Big Tech se seguiram a essa falha de coleta de dados centralizada”, finaliza.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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