“Vote no Bitcoin”: candidato a vereador no Rio de Janeiro usa slogan envolvendo BTC

Embora candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito não possam receber doações em Bitcoin e criptomoedas para suas campanhas, um candidato encontrou uma forma de colocar o BTC nas eleições de 2020.

Trata-se do candidato Magno Luiz Santana Lima, de 22 anos, que resolveu usar na campanha o nome: “Magno Bitcoin”.

Magno Bitcoin não tem Bitcoin

Magno pertence ao Partido Republicanos e concorre pela primeira vez para vereador do município de Magé, no Rio de Janeiro.

A cidade está localizada na região metropolitana do estado e possui 60 mil eleitores. Ao todo, o município conta com 14 vereadores.

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Entretanto, apesar de estar usando o nome Bitcoin em sua campanha, Magno não declarou possuir nenhuma criptomoeda em seu cadastro da Justiça Eleitoral.

Bitcoins declarados para as eleições

Os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador precisam declarar seus patrimônios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Conforme noticiado na segunda-feira (28) pelo CriptoFácil, mais de 20 BTC foram declarados, de acordo com uma apuração feita pelo G1.

Em outras palavras, mais de R$ 1 milhão foi declarado em BTC por 5 candidatos.

Contudo, “Magno Bitcoin” não declarou nenhum BTC ao TSE.

Quem mais declarou Bitcoins foi Evandro Gonçalves Pontes. Pontes é candidato a vereador da cidade de Adrianópolis, no Paraná, pelo partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Ao todo, o candidato a vereador declarou possuir mais de 15 BTC.

O segundo candidato com mais Bitcoins declarados é Sérgio Teixeira, candidato a vereador do Rio de Janeiro pelo Partido NOVO.

O montante não foi especificado em BTC, apenas em moeda fiduciária. Ao todo, Teixeira declarou possuir R$ 250 mil em BTC.

Aparentemente, o candidato converteu todas as suas posses em BTC. Isso porque, além dos R$ 250 mil, Teixeira declarou apenas R$ 2 mil.

Embora “Magno Bitcoin” aparente usar o termo apenas para gerar engajamento com sua campanha, outros candidatos parecem acreditar na criptomoeda.

Resta saber qual parte da “popularidade” do BTC se sobressairá – aquela ligada ao potencial disruptivo ou aquela ligada às pirâmides financeiras que usaram a imagem do criptoativo.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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