Vítimas de suposta pirâmide de Cabo Frio que fechou as portas protestam contra empresa

No dia 9 de setembro, a empresa de investimentos esportivos com sede em Cabo Frio (RJ) Alphabets, encerrou suas atividades, deixando diversos investidores no prejuízo. A empresa é apontada como uma pirâmide financeira que oferecia lucros de até 3,2% ao dia.

Um dia depois, o CEO da empresa, Rogério Cruz Guapindaia, gravou um vídeo afirmando ter “influência dentro do governo” e “amigos policiais”.

“Vocês não têm noção com quem estão mexendo. Vocês não sabem quem é o meu corpo jurídico. Os amigos policiais que eu tenho. A influência que a gente tem dentro do governo. Então, prestem atenção quando foram ameaçar ou fazer algo”, afirmou o empresário no Instagram da Alphabets.

Em 2017, Rogério foi condenado por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Ele foi preso em flagrante em outubro de 2016, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal (RN) com três quilos de ecstasy na mala. Agora, ele está sendo investigado por diversos crimes, incluindo estelionato.

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Vítimas da Alphabets protestam

No domingo (12), menos de uma semana após o fechamento da empresa, um grupo de investidores organizou uma carreata para protestar contra a Alphabets.

Os manifestantes, que se identificaram como vítimas de Rogério, seguiram um carro de som até a porta da 126ª DP. Eles exigiam uma resposta das autoridades em relação ao caso e pediam seu dinheiro de volta.

De acordo com uma publicação da página RLagos Notícias, o convite para a manifestação era intitulado “Pedido por justiça”. Além disso, o convite afirmava que “90% da cidade de Cabo Frio foi lesada pela empresa”. 

O perfil no Instagram @rogeriocruz.official, que divulga acusações contra Rogério, publicou relatos de supostas vítimas do esquema:

“Tenho 3 filhos. Investi com o intuito de terminar minha casa. Tô sem chão”, comentou uma vítima.

Outra vítima contou:

“Perdi 140 mil, minha esposa investiu também o salário dela de médica, lá se foram mais 10 mil”, contou outra pessoa.

“Investi 16 mil e nem recebi 50%. Fiz empréstimo e agora não tenho como pagar porque estou desempregada”, disse outra vítima.

Vítimas da Alphabets em São Pedro da Aldeia

Em um período de 48 horas após o anúncio de encerramento das atividades, 18 pessoas de São Pedro da Aldeia, município vizinho a Cabo Frio, registraram ocorrência on-line contra a empresa. 

Elas alegam que foram vítimas de um golpe e que o vídeo de Rogério era uma ameaça:

“Ele vai embora, não dá satisfações e agora faz esse vídeo? Isso é ameaça. Queremos o nosso dinheiro de volta”, disse uma mulher de Cabo Frio que investiu na Alphabets.

Conforme destacou o delegado Milton Siqueira Júnior, titular da 125ª DP, embora a sede da empresa seja em Cabo Frio, muitos moradores de São Pedro da Aldeia disseram ter tomado calote.

“Vamos chamar cada cliente da Alphabets que está fazendo o RO (registro de ocorrência) aqui em São Pedro da Aldeia para serem ouvidos. Muitas dessas pessoas supostamente lesadas afirmam que investiram muito dinheiro, e ele foi embora”, disse o delegado.

Sobre o anúncio de encerramento das atividades

Foi o próprio Rogério quem comunicou sobre o encerramento das atividades da Alphabets. Na ocasião, ele alegou “total inviabilidade de migração para um novo sistema”.

Sobre os rendimentos prometidos, ele afirmou que criou um plano de pagamentos “com bases sólidas, iniciado do zero e 100% enquadrado nas leis brasileiras”.

No entanto, ele informou que o plano de pagamento só teria início dentro de um prazo de 30 dias, o que revoltou os investidores.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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