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Vítimas da BWA querem rastrear dinheiro do esquema de criptomoedas no exterior

Advogados representantes de vítimas da BWA, empresa que prometia ganhos sobre investimentos com criptomoedas, querem rastrear o dinheiro da empresa no exterior.

Assim, eles estão reunindo documentos para instrumentalizar o Ministério Público e à Polícia Civil, com o objetivo de repatriar o dinheiro dos investidores lesados.

Isso porque, de acordo com uma matéria do Jornal da Orla, os advogados suspeitam que os recursos tenham sido enviados à offshore Open Global, sediada nas Bahamas.

Além disso, para o advogado Maurício Cury, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) tem condições de fazer uma cooperação internacional e tentar rastrear e recuperar os valores

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BWA tem quase 2 mil credores

A BWA Brasil, que não paga seus clientes desde 2019, é acusada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de atuar como um esquema de pirâmide financeira.

Conforme noticiou o CriptoFácil, no início de julho, a BWA anunciou sua recuperação judicial, com o objetivo de “reorganizar as dívidas”.

Na ocasião, a empresa culpou o coronavírus pela crise e listou quase dois mil credores. Mais precisamente são 1.895 credores e o prejuízo deixado pela BWA soma R$ 295,4 milhões, segundo o anúncio da recuperação judicial.

Acusação x defesa

Para o advogado Joaquim Fernandes, representante de vítimas da BWA, a empresa é claramente um esquema de pirâmide. Isso porque, como ele destacou, a empresa não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar no Brasil.

Além disso, o contrato social da BWA aponta um capital de R$ 800 mil.

“Como uma empresa desse porte vai operar um valor tão alto de dinheiro?”, questionou Fernandes.

Por outro lado, em defesa da empresa, o advogado José Luis Macedo diz que a culpa é da volatilidade do Bitcoin. Por isso, ele defende que a empresa é legítima:

“O mercado de criptomoedas é como aplicar em ações, tem a alta e a baixa. Se a empresa não tivesse interesse em pagar os investidores, ela não apresentaria um plano de recuperação judicial. Se fosse uma pirâmide, a Justiça não teria aceitado o plano de recuperação”, afirma.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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