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Vítima da BWA em reportagem do G1: “Investi 15 anos de trabalho”

A BWA é uma empresa que oferecia supostos rendimentos sobre supostas operações com criptomoedas.

Recentemente, ela anunciou seu pedido de recuperação judicial, que foi deferido.

Em uma reportagem do G1, vítimas falam sobre suas experiências com a empresa. Uma delas investiu as economias fruto de 15 anos de trabalho.

Dívida supera R$ 295 milhões

Em sua lista de credores, a BWA revela o valor total devido a eles.

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São R$ 295,4 milhões devidos a quase 1.900 credores. A reportagem do G1 fala sobre a revolta dos clientes lesados.

Tal revolta é provocada pelo fato da recuperação judicial impedir que ressarcimentos pela via judicial tenham desfecho.

O mesmo ocorreu quando o Grupo Bitcoin Banco (GBB) também conseguiu o deferimento de sua recuperação judicial.

Muitas das vítimas que falaram à reportagem são de Santos, sede da BWA. Um deles afirma que queria investir para ter segurança em sua aposentadoria.

Em vez disso, confessa:

“Perdi tudo.”

Ele investia desde 2018, e começou a desconfiar de uma tentativa de golpe quando não conseguiu sacar seus valores em novembro de 2019.

Outra vítima que falou ao G1 desabafou:

“Perdi 15 anos de trabalho, que foi tudo o que investi.”

O advogado Jorge Calazans afirmou que o prejuízo médio das pessoas lesadas é de R$ 125 mil.

O alto valor se dá por conta do próprio valor mínimo de investimento, que era R$ 30 mil.

Calazans ainda falou com o G1 sobre a BWA apontar indícios de ser  uma pirâmide financeira:

“O que faziam é pagar o rendimento para as pessoas que estavam há mais tempo com o investimento dado por quem estava entrando.”

Advogado culpa GBB

O advogado da BWA também falou ao G1. Ele justifica que o atraso nos pagamentos se dá pela queda do Grupo Bitcoin Banco (GBB).

Ainda segundo o advogado, cerca de 50% das supostas operações com criptomoedas da BWA eram feitas no GBB.

Ademais, foi também citada como justificativa a volatilidade do mercado de criptomoedas.

Por fim, o mesmo argumento já usado em outro caso é repetido pelo advogado da BWA:

“Se a empresa não tivesse interesse em pagar os investidores, ela não apresentaria um plano de recuperação judicial.”

Além disso, eu outro trecho:

“[…] Se fosse uma pirâmide, a Justiça não teria aceitado o plano de recuperação.”

Entretanto, tal interesse é questionável. O dono da BWA, Paulo Roberto Ramos Bilibio, está em paradeiro desconhecido.

Suspeitas apontam que ele estejam nos Estados Unidos. O fato do chefe da BWA estar em local incerto é contraditório em relação aos argumentos apresentados pela defesa.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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