Categorias Notícias

Vitalik Buterin: o Bitcoin é centralizado, não o Ethereum

O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, comprou uma briga com a comunidade do Bitcoin. No Twitter, ele afirmou que o ecossistema em torno do Bitcoin é centralizado, comandado por grandes players como Tether, Bitfinex e a sidechain da Blockstream a Liquid, enquanto a comunidade Ethereum está liderando a descentralização usando contratos inteligentes.

“As pessoas em torno do BTC parecem felizes de ter muitas entidades centralizadas (BitMEX, Tether, Liquid) e a comunidade ETH, enquanto isso, está tentando descentralizar estas funções com construção de contratos inteligentes”, disse.

A resposta de Vitalik foi publicada após o “Bitcoiner” Héctor Cárdenas alegar que o Ethereum estava permitindo intermediários através do DeFi, indicando que poderia haver centralização no Ethereum desta forma. “Talvez Vitalik ainda seja um Bitcoiner, mas, no presente, o Ethereum não está compartilhando os objetivos do Bitcoin”, disse.

Vitalik também foi questionado sobre a recente censura de alguns países pelo Protocolo Uniswap – um protocolo supostamente totalmente descentralizado para troca. Vitalik comentou que a proibição era apenas no front-end e os usuários desses países ainda podem acessar os servidores ligando diretamente para o back-end – uma opção disponível apenas para comerciantes muito técnicos.

Vitalik Buterin

Antes de fundar o Ethereum em 2015, Vitalik Buterin foi um dos primeiros escritores e cofundador da Bitcoin Magazine, onde escreveu extensivamente sobre BTC.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Contudo, muitos especialistas acusam o Ethereum de ser mais centralizado do que o Bitcoin porque o Ethereum possui rostos influentes como Vitalik Buterin e Joe Lubin, que quase controlam a narrativa em torno do Ether. Enquanto isso, o Bitcoin não tem uma figura centralizada após a partida de Satoshi Nakamoto – o autor do whitepaper do Bitcoin.

O Bitcoin também não está livre dos efeitos da centralização. Embora não tenha um líder unívoco como Vitalik Buterin, a mineração de BTC é dominada por um grupo de mineiros poderosos. A indústria de fabricação de equipamentos de mineração de Bitcoin também é dominada por um grupo seleto de empresas.

Um relatório publicado recentemente estima que a Bitmain controla quase 66% do mercado da indústria de mineração.

Além disso, o desenvolvimento do Bitcoin é financiado principalmente por players privados como o Blockstream, Lightning Labs e o Square Crypto.

Um relatório recente da BitMex descobriu que a Blockstream e a Lightning Labs estão atualmente financiando oito desenvolvedores de Bitcoin cada.

Poderosas exchanges de criptomoedas como a Binance estão evoluindo para os conglomerados, como ocorre no sistema financeiro tradicional.

A Binance não apenas administra a maior exchange de criptomoedas, mas também controla exchanges de criptomoedas regionais como WazirX na Índia. Além disso, possui e opera sites agregadores de criptomoedas, o CoinMarketCap e o DappReview, executa um pool de mineração de BTC e executa uma das maiores plataformas de negociação de futuros.

Desta forma, tanto Bitcoin e como Ethereum têm problemas de centralização. Em um livro da CoinGecko intitulado “How To DeFi”, a empresa descobriu que nenhum dos aplicativos DeFi era totalmente descentralizado e todos eles tinham elementos de centralização.

Leia também: Peter Schiff afirma que preço do BTC cairá após o halving

Leia também: Bitcoin volta aos R$ 50.300 após sofrer queda durante o fim de semana

Leia também: CEO da Pantera Capital prevê BTC a R$2,5 milhões em 2021

Compartilhar
Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

This website uses cookies.