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Visa destaca que blockchain pode tornar pagamentos mais rápidos

A gigante mundial de pagamentos Visa destacou o potencial da tecnologia blockchain no seu setor de atuação em um novo estudo publicado pela própria empresa chamado “The Future of Transportation: Mobility in the Age of the Megacity“, um dos maiores relatórios globais dedicados a examinar a crescente demanda de transporte público e privado e o importante papel do comércio digital no estímulo ao crescimento sustentável das cidades.

O CriptoFácil teve acesso completo ao estudo que revelou, entre outros pontos, a importância que a Visa percebe no uso da blockchain para prevenir fraudes por meio do gerenciamento de identidades.

“A prevenção contra fraudes de identidade através da blockchain tornariam os pagamentos mais rápidos e fáceis pois a tecnologia pode ser usada para armazenar informações de identidade para que, autorizado pelo usuário, os serviços possam acessar essas informações e verificar as transações. O gerenciamento de identidade digital permite que consumidores controlem quais informações desejam compartilhar e permite às organizações validar a identidade”, destacou o relatório.

Embora a Visa não tenha confirmado oficialmente, pelo relatório fica evidente que a empresa vem estudando aplicar blockchain em um novo serviço chamado “Visa ID Intelligence”, que incluirá a verificação de documentos e vários tipos de autenticação biométrica, como varreduras de face, voz, íris e impressões digitais.

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“Essa nova plataforma torna mais fácil para instituições financeiras, desenvolvedores e parceiros de comércio adotarem rapidamente tecnologias de autenticação emergentes – como reconhecimento facial, de impressão digital ou de voz, verificação de documentos ou identificação de dispositivos e usuários – e criar maneiras seguras e convenientes para os consumidores comprarem, pagarem e depositarem em seus dispositivos conectados”, diz a empresa.

O estudo publicado pela Visa reflete o feedback de 19 mil consumidores, de 19 países, e identifica desafios expressivos de centros urbanos em crescimento. No Brasil, duas cidades participaram do estudo: Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP), onde pessoas foram perguntadas sobre quais meios de transporte elas utilizavam, sua experiência com as viagens de ida e volta ao trabalho ou escola (inclusive suas maiores preocupações), razões para não escolherem certos meios de transporte, suas opiniões sobre o pagamento do transporte e diferentes inovações que poderiam impactar sua experiência de viagem.

Além de blockchain, o estudo traz alguns dados apontados pela empresa como tendências globais:

Tempo de deslocamento:

  • 46% dos consumidores no mundo notaram um aumento no seu tempo de deslocamento;
  • Metade (52%) dos pesquisados estão frustrados com a experiência de usar transporte público;
  • Um terço (37%) acreditam que seu tempo de deslocamento aumentará nos próximos cinco anos.

Uso do carro:

  • O carro particular continua sendo o principal meio de transporte para a ida e volta ap trabalho ou escola (60%) e para viagens pessoais (61%);
  • Apenas 42% dos pesquisados da Geração Z (pessoas na faixa de 18 a 25 anos) usam carro para ir ao trabalho, escola ou universidade, ou para viagens pessoais;
  • O aspecto mais desagradável de dirigir é encontrar um lugar para estacionar, disseram 64% dos pesquisados;
  • A seguir, vem o risco de ser multado se o carro ficar estacionado mais tempo do que o previsto (44%) e;
  • Pagar mais horas de estacionamento do que seria necessário (42%).

Uso do transporte público:

  • Menos da metade dos pesquisados usa meios de transporte público para ir ao trabalho, escola ou universidade (44%);
  • Esse número sobe para 54% quando tratam-se de deslocamentos pessoais, como entretenimento;
  • As pessoas escolhem o tipo de transporte com base em três fatores: conveniência, confiabilidade e superlotação. A importância de cada fator varia com a idade:
  • Baby Boomers (acima de 56 anos) – Conveniência (82%), Confiabilidade (84%) e Superlotação (72%);
  • Geração X (46 a 55 anos) – Conveniência (79%), Confiabilidade (82%) e Superlotação (71%);
  • Millennials (26 a 45 anos) – Conveniência (74%), Confiabilidade (76%) e Superlotação (67%);
  • Geração Z (18 a 25 anos) – Conveniência (62%), Confiabilidade (67%) e Superlotação (55%).

 Pagamentos:

  • A complexidade de pagar costuma ser a base de muitas reclamações comuns;
  • O uso de transporte público aumentaria 27% se o serviço fosse mais fácil;
  • 47% apontaram a necessidade de comprar diferentes bilhetes para os vários meios de transporte como um problema;
  • 44% citaram o fato de não saberem a tarifa a pagar como um problema, e;
  • 41% consideraram um incômodo o fato dos serviços só trabalharem com dinheiro. Segundo os pesquisados, essas frustrações diminuem sua probabilidade de usar transporte público e os tornam mais propensos a sair de carro;
  • No caso dos usuários de carro, 47% gostariam de ver inovações que indicassem onde encontrar combustível mais barato;
  • 35% gostariam de ter um app que reconhecesse onde eles estão abastecendo e de pagar usando esse mesmo app.

As 5 principais recomendações da Visa

  • Investir em conectividade. As administrações municipais precisam investir em infraestrutura de dados com conectividade 24/7, um requisito fundamental para as soluções tecnológicas exigidas pelos consumidores. Isso possibilita trocas de dados em tempo real para manter as pessoas informadas sobre a própria viagem, além de oferecer informações para que as cidades disponibilizem serviços compatíveis com as demandas em evolução;
  • Criar uma experiência de pagamento totalmente integrada para apoiar os usuários cuja jornada envolve vários meios de transporte. As administrações municipais e planejadores urbanos precisam colaborar com think tanks (laboratórios de ideias), empresas do setor automotivo e de tecnologia, e provedores de pagamento, como a Visa. Cada vez mais, uma única jornada envolverá mais de um meio de transporte (ex.: carro + metrô + bicicleta), de modo que é imperativo que o usuário disponha de uma experiência de pagamento simples e moderna, com pagamentos por aproximação nas catracas de transporte público, pagamentos via app, soluções baseadas em plataformas e outras mais;
  • Integrar a autenticação pessoal à experiência de pagamento. Com as empresas e as autoridades municipais aumentando a incorporação de pagamentos digitais, é necessário integrar também a autenticação instantânea. A identificação digital é crítica no ecossistema, abordando as mudanças na forma como as pessoas usam o transporte, garantindo pagamentos e autenticações pessoais fáceis e integradas;
  • Desenhar sistemas de comércio levando em conta todos os membros da sociedade. Ao desenharem um ecossistema de comércio, é preciso que todos os membros do ecossistema de transporte desafiem seu modo de pensar e incluam usuários de terceira idade ou com pouco ou nenhum acesso a serviços bancários, garantindo que ninguém fique de fora;
  • Desenvolver parcerias estratégicas para gerar novas visões. As cidades devem se associar a corporações aptas a expandir seu olhar e contribuir com o planejamento. A inteligência artificial pode ser combinada a Big Data para analisar dados sobre consumo, movimentação e mudanças nas tendências para antecipar necessidades em tempo real, bem como munir as cidades de insights úteis para futuros planejamentos.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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