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Venezuela terá uma “exchange descentralizada” do governo

A Superintendência Nacional de Valores Mobiliários da Venezuela (Sunaval) autorizou a operação de uma bolsa eletrônica descentralizada no país.

Na corretora, será possível trocar ações, moeda fiduciária, títulos, títulos de dívida e criptomoedas.

Trata-se de um projeto de finança descentralizada (DeFi) baseado em Ethereum que será testado nos próximos 90 dias.

Bolsa de Valores de DeFi

A disposição nº 6.578, publicada no Diário Oficial da União Extraordinária da Venezuela, menciona que a plataforma atenderá os mercados primário, secundário e de derivativos (opções e futuros).

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Além disso, executará processos de oferta pública de valores mobiliários, negociação, transferência, custódia e liquidação.

“Esta plataforma permite que o processo de custódia dos títulos seja individual, blindado e público, com um sistema de negociação disponível 24 horas por dia e 7 dias por semana que garante transparência, segurança, rapidez, fiabilidade, rastreabilidade e menor custo das operações”, cita o Diário da República.

A Bolsa de Valores Descentralizada da Venezuela também vai possuir um aplicativo para dispositivos móveis.

Projeto estava sendo desenvolvido há meses

As informações foram divulgadas na noite de terça-feira (29) por Manuel Aaron Fajardo García. Ele atua como o principal gerente da nova central digital.

Assim, em uma transmissão ao vivo em sua conta no Instagram, o executivo informou que o projeto está sendo montado “há meses”. No entanto, estava sendo mantido em segredo.

Fajardo disse que na Venezuela há muitos “interesses de que isso não vá adiante”.  Entretanto, o gerente não esclareceu se seriam interesses políticos, legislativos ou econômicos.

Mesmo assim, ele garantiu que o projeto “vai para a frente”. Ainda informou que as comissões por operação foram reduzidas a praticamente zero. Com isso, a plataforma será mais “acessível” às pessoas, conforme explicou.

Sobre as taxas

Em relação às taxas, o site da bolsa indica que será de 0% para as operações de venda de moeda fiduciária. Já para operações de venda realizadas através de “ativos digitais alternativos”, a taxa será de 0,1%.

Fajardo ainda destacou que o mercado de ações descentralizado pode ajudar a financiar diversos setores na Venezuela. Isso porque a nova entidade não dependerá do sistema financeiro nacional.

O manual de operações da bolsa eletrônica afirma que o projeto DeFi trabalha com contratos inteligentes e tokens múltiplos em Ethereum.

A espinha dorsal do mercado de ações é o Sistema Descentralizado de Mercados Criptografados (SIDEME), que é formado por um ecossistema de “contratos digitais” .

Entre os contratos estão os chamados “Controller”, “master”, “factory”, “market”, “storage”, “logic” e “diamond”, entre outros.

Outros projetos financeiros

Segundo os meios de comunicação especializados, Fajardo já desenvolveu outros projetos financeiros na Venezuela.

Entre eles o sistema Interbanex, um mercado de moeda virtual de funcionamento precário, segundo especialistas. Esse sistema foi autorizado pelo Banco Central da Venezuela (BCV) em janeiro de 2019.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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