Venezuela está atrasada no depósito de tokens El Petro vendidos

Segundo o artigo publicado pela Coindesk, agência de notícias especializada no universo cripto, até agora, todos aqueles que adquiriram o El Petro, criptomoeda estatal venezuelana, não receberam seus fundos.

Até o fechamento desta matéria, o governo da Venezuela não deu nenhuma informação sobre quem são os compradores ou quais os procedimentos de certificação a serem seguidos. O portal notícias venezuelano Crônicas de Caracas também destaca que, por enquanto, nenhum token do Petro foi distribuído aos seus potenciais compradores.

De fato, ao acessar o livro de contas de operações da NEM é possível identificar que o endereço detentor do Petro ainda possui propriedade de todos os 100 milhões de tokens. Isso contrasta com o que acontece no mercado de oferta inicial de moeda (ICO, na sigla em inglês)  no qual, ao realizar a compra do token, imediatamente via contrato inteligente, os fundos seguem para as carteiras dos compradores. O Governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Conforme reportado pelo o Criptomoedas Fácil, além dos problemas do White Paper, existem diversas contradições relacionadas à moeda digital, que já tem até uma “irmã”: o Petro Gold.

Em 20 de fevereiro, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou que a ICO do El Petro havia arrecadado mais de US$750 milhões apenas no seu primeiro dia de venda. Nesta semana, Maduro também fez questão de salientar que mais de 171 mil compras foram realizadas, sendo que 40,8% das ofertas foram feitas em dólares, 33,8% em Bitcoin, 18,4% em Ethereum, 6,5% em euros e 0,2% em yuan. Documentos do governo indicam que oito corretoras de criptomoedas devem suportar a moeda, entre elas, a Zeus, da Rússia.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Recentemente, o governo venezuelano também fez questão de salientar que agências internacionais estão qualificando o Petro positivamente, como é o caso da chinesa Dagong International Credit Rating Group que, segundo a Telesur, emitiu um relatório no qual  diz que “o Petro quebra com a falta de liquidez das criptomoedas tradicionais e é apoiado por commodities como petróleo, gás natural e ouro”.

Atualmente, a Venezuela vive a pior crise econômica de sua história. Centenas de cidadãos venezuelanos têm imigrado do país, muito deles para o Brasil. A Moeda nacional do país, o bolívar, desvalorizou cerca de 1.000% perante ao dólar e pelo menos 80% da população vive abaixo da linha de pobreza.

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.