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Veja as principais falas sobre criptomoedas no Fórum Econômico Mundial

Na semana passada, o Fórum Econômico Mundial foi realizado em Davos, na Suíça. Depois de dois anos, o timing não poderia ser mais negativo para as criptomoedas. Afinal, a 51ª edição do Fórum ocorreu semanas após o colapso da Terra (LUNA).

Como resultado, as criptomoedas foram um dos pontos centrais do encontro. A audiência teve uma postura ambígua em relação ao episódio, mas o Fórum não tratou somente da LUNA. Várias empresas realizaram ações durante o Fórum, enquanto outros painéis discutiram o mercado de criptomoedas e sua evolução.

Mas infelizmente, a maior parte dos grandes executivos do Fórum revelou desconhecimento a respeito do mercado. Por isso que adjetivos como “pirâmide financeira“, “golpes” e “ausência de valor” ainda foram proferidos durante o encontro.

Do FMI ao Banco Central Europeu

De antemão, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, comparou algumas criptomoedas a esquemas de pirâmide. Nesse sentido, a diretora do FMI falou exclusivamente da TerraUSD (UST).

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A stablecoin da rede Terra, que colapsou em 12 de maio, oferecia retornos de até 20% para seus stakeholders. De acordo com Georgieva, tratava-se de um esquema de “pirâmide financeira digital”.

“Quando alguém promete a você um retorno de 20% em algo que não é garantido por nenhum ativo, como normalmente chamaríamos isso? Nós a chamaríamos de pirâmide. Em outras palavras, isso é uma pirâmide [esquema] na era digital”, disse.

Georgieva também incluiu o Bitcoin (BTC) durante sua fala, mas não o comparou com a LUNA. A executiva admitiu que o BTC pode ser classificado como moeda, visto que serve como meio de troca.

Contudo, ela afirmou que “o pré-requisito para algo ser chamado de dinheiro é ser uma reserva estável de valor.” Nesse sentido, Georgieva foi enfática: não considera o BTC como dinheiro.

Ao mesmo tempo, ela disse que há valor nas moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC) porque são apoiadas pelo estado. Já algumas stablecoins, na sua visão, “merecem o nome” porque são apoiadas por ativos.

“Quanto menos houver lastro [de uma moeda digital], mais você deve estar preparado para correr o risco de essa coisa explodir”, disse Georgieva ao painel em Davos.

Definir para regular

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, conversou em um painel com o fundador e presidente executivo do WEF, Klaus Schwab. Lagarde afirmou que as criptomoedas são ativos especulativos e, portanto, não se enquadram como moeda.

De acordo com a presidente do BCE, é preciso classificar as criptomoedas da forma correta. Afinal, essa classificação vai definir como os reguladores irão lidar com esses ativos em termos legais e fiscais.

“As criptomoedas não são moedas de forma alguma. São ativos especulativos, cujo valor muda enormemente ao longo do tempo, e se apresentam como moedas, o que não são. Devemos chamar os bois pelos nomes. Um ativo é um ativo, deve ser regulado como tal, deve ser supervisionado pelos reguladores e supervisores de ativos, mas não deve alegar que é uma moeda. Não é”, disse.

Ações especiais e polêmica ambiental

Enquanto os líderes globais depreciavam as criptomeodas, a Tether Limited realizou uma ação em comemoração ao Bitcoin Pizza Day. No meio do evento, a empresa distribuiu vários pedaços de pizza de graça em comemoração à data, celebrado todo dia 22 de maio.

Jeremy Allaire, CEO e cofundador da Circle, responsável pela stablecoin USDC, voltou a falar sobre a UST. De acordo com o executivo, a grande surpresa da UST não foi o seu colapso em si, mas sim a velocidade na qual a desvalorização aconteceu.

“O que mais me surpreendeu foi o quão rápido a UST virou pó, desapareceu do nada. Uma hora era um projeto com alto crescimento e aparentemente competitivo, mas em 72 horas tudo perdeu valor, desapareceu. Nunca vi algo parecido”, disse.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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