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VanEck prevê valorização de 10.000% para Solana até 2030

A empresa de gestão de ativos VanEck, que está na fila para lançar um ETF de Bitcoin spot, acredita que Solana poderá ver um crescimento de mais de 10.000% em valor até 2030.

Em um novo relatório de pesquisa, a empresa projetou um cenário em que a blockchain Solana se torna a primeira blockchain a hospedar um único aplicativo que integra mais de 100 milhões de usuários.

Conforme apontou o relatório, os cenários de avaliação da Solana preveem que até 2023 o preço de SOL vai variar de US$ 9,81 em baixa a US$ 3.211,28 em alta. Isso corresponde a uma valorização de mais de 32.000% do fundo ao topo e de mais de 10.000% considerando o preço atual de SOL de cerca de US$ 34.

Avaliação do futuro da Solana

De acordo com a VanEck, para que as criptomoedas alcancem a ampla adoção, elas precisam ter valor para pessoas e empresas que não sejam maxis da descentralização. Ou seja, precisam de um “aplicativo matador”, cuja blockchain subjacente se beneficie da atividade gerada por esse aplicativo.

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Conforme destacou a VanEck, a Solana se destaca nesse cenário por alguns fatores. Em primeiro lugar, a empresa citou o sucesso da equipe fundadora do projeto em combinar experimentação com ciência aplicada para melhorar o dimensionamento da blockchain. Segundo o relatório, Solana optou por ir até os limites dos problemas de viabilidade tecnológica e trabalhar de trás para frente a partir daí.

“Solana seguiu em frente, tentando obter maior rendimento de transações, otimizando cada componente de sua própria blockchain para ser hipereficiente. Consequentemente, Solana é muito mais capaz do que qualquer um de seus concorrentes em relação às capacidades de processamento de blockchain”, destacou a VanEck.

Além disso, a gestora ressaltou que Solana gerou uma variedade de experimentos que incluem telefones celulares otimizados para blockchain, NFTs que contêm aplicativos e produtos voltados para o consumidor, como mapeamento descentralizado e coleta de dados automotivos. Ou seja, a blockchain permite criar coisas que podem causar um impacto tangível na vida cotidiana.

Capacidade da blockchain

A gestora também enfatizou que a blockchain que hospedará o tal “aplicativo matador” precisa ter a capacidade de tornar esse app rápido, conveniente e acessível. Afinal, quanto mais capaz for a blockchain, melhor será o ambiente para o usuário.

Uma métrica útil para medir essa capacidade é a taxa de transferência de dados. Essa taxa é determinada medindo a quantidade de dados que podem ser recebidos e aplicados por uma blockchain durante um determinado período de tempo.

Considerando essa métrica, Solana é melhor do que qualquer outra blockchain existente, segundo a VanEck. Além disso, a atualização Firedancer, que ocorrerá em breve, promete exceder a capacidade atual de Solana por um fator de 10.

Outro ponto forte da blockchain Solana o tempo de processamento das transações. Enquanto esse processo no Ethereum, por exemplo, dura alguns minutos, em Solana o tempo de resposta é de aproximadamente 2 segundos.

A blockchain também faz uso de “Mercados de Taxas Locais” para se tornar mais eficiente. Por exemplo, se muitos usuários estão tentando cunhar um NFT no Ethereum, o congestionamento resultante impede que outros usuários façam empréstimos no AAVE.

Por outro lado, Solana pode usar seus Mercados de Taxas Locais para cobrar preços diferentes com base na demanda. Isso permite que muitos aplicativos tenham acesso à Solana, mesmo quando um aplicativo está passando por uso intenso.

Problemas da Solana

Por outro lado, a VanEck abordou em seu relatório os desafios que a blockchain Solana enfrenta. A arquitetura da blockchain levou a resultados indesejáveis ​​que afetaram a estabilidade técnica de Solana.

Embora Solana tenha tido 100% de tempo de atividade desde março de 2023, após uma série de atualizações importantes de rede, antes disso, ela passou por tempos de inatividade imprevisíveis que interromperam completamente o funcionamento da rede.

Entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023, Solana teve interrupções em 7 desses 13 meses. A mais recente dessas interrupções ocorreu em 25 de fevereiro de 2023 e durou quase 19 horas.

“A questão central desta interrupção e de outras no passado decorre do fato de Solana estar executando um sistema experimental”, destacou a VanEck. “E devido à complexidade do Solana e à quantidade de dados que ele processa, a resolução desses problemas pode levar muito tempo para ser corrigida.”

Claramente, esta dinâmica é inaceitável para empresas financeiras e não financeiras sérias que queiram implantar-se em Solana.

O relatório pontuou então que, embora a equipe Solana tenha implementado o que acredita serem correções importantes, a fragilidade da rede continuará sendo um problema no futuro próximo.

Pouco desenvolvedores

Por fim, a VanEck citou alguns problemas com a capacidade de Solana de atrair desenvolvedores para seu ecossistema. Segundo a gestora, devido às complexidades da máquina virtual (SVM) de Solana e ao design complexo da plataforma, criar aplicativos nessa blockchain é uma tarefa desafiadora.

Isso se deve em parte à necessidade dos desenvolvedores do Solana estarem familiarizados com o Rust, uma linguagem com 2,2 milhões de desenvolvedores ativos, em comparação com o Ethereum, que pode aproveitar os 17,4 milhões de desenvolvedores de JavaScript.

“Embora Solana tenha feito grandes avanços na criação de ferramentas para tornar o desenvolvimento mais simples, seu alto padrão de proficiência em programação fez com que Solana representasse cerca de 6-7% dos desenvolvedores de cripto ativos semanalmente nos últimos 18 meses”, disse a VanEck.

A participação consistente é notável, mas a blockchain precisa aumentar sua contagem total de desenvolvedores, bem como sua participação no mercado de desenvolvedores, para aumentar a probabilidade de hospedar o aplicativo de grande sucesso.

Afinal, nesse contexto, quanto mais desenvolvedores trabalharem no problema, maior será a probabilidade de um deles lançar aleatoriamente o próximo Instagram.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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