O uso de serviços de misturador de Bitcoin por entidades da deep web está crescendo. A conclusão é de um recente relatório da unidade de análise de criptomoedas da Bitfury, Crystal Blockchain.
O relatório, divulgado em 19 de maio, revelou que a quantidade de Bitcoin enviada aos misturadores pelas entidades deep web aumentou 20% no primeiro trimestre de 2020 em comparação com 1% no primeiro trimestre de 2019.
Por outro lado, a quantidade de Bitcoin enviada às casas de câmbio de criptomoedas com requisitos de verificação diminuiu 13% no primeiro trimestre de 2020, em comparação com 24% no primeiro trimestre de 2019.
“Isso provavelmente ocorre em resposta ao aumento dos processos de regulamentação e verificação nas exchanges, levando os detentores de Bitcoin da deep web a outros servidores para ofuscar a fonte de suas criptomoedas”, disseram os pesquisadores.
Assim, segundo a pesquisa, sites da enviaram 7.946 BTC para mixers no primeiro trimestre de 2020, em comparação com 790 BTC no primeiro trimestre de 2019.
Além disso, em dólares, o valor subiu acentuadamente de US$ 3 milhões em no primeiro trimestre de 2019, para US$ 67 milhões no primeiro trimestre de 2020.
A quantidade de Bitcoin que foi recebida pelos sites da deep web dos serviços de misturador também aumentou. Houve um salto de 106 BTC no primeiro trimestre de 2019 para 288 BTC no primeiro trimestre de 2020.
Assim, em termos de dólares, o montante aumentou para quase US$ 2 milhões no primeiro trimestre de 2020, em comparação com US$ 400.000 no primeiro trimestre de 2019.
Embora mais exchanges implementem os requisitos do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), os usuários da deep web buscam “fugir” desta prática e então evitam estas empresas.
Assim, para ocultar as atividades na deep web, além dos mixers eles, segundo a pesquisa, também evitam exchanges com controles de KYC.
Desta forma, a pesquisa revelou também que a quantidade total de Bitcoin enviada e recebida por entidades da deep web diminuiu no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o primeiro trimestre de 2019.
E, de acordo com a Crystal, isso pode ser devido à crescente popularidade do uso de altcoins, principalmente as focadas em privacidade, como Monero.
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