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“USDT não precisa de truques nem promessas de rendimentos”, afirma CTO da Tether

Na semana passada, a Tether Limited divulgou um novo relatório sobre as suas reservas. De acordo com a empresa, a stablecoin USDT reforçou suas reservas de títulos mais seguros. Ou seja, adquiriu mais títulos do governo dos Estados Unidos.

Pouco antes da divulgação do relatório, o diretor de tecnologia da Tether, Paolo Ardoino, deu uma entrevista exclusiva ao CriptoFácil. Nessa entrevista, o CTO falou sobre diversos temas, entre eles o futuro das reservas da moeda.

Ardoino também aproveita para falar a respeito da stablecoin UST, cujo colapso ocorreu antes do envio das perguntas. No entanto, o CTO não deixou de emitir uma opinião polêmica a respeito da stablecoin da Terra

Auditorias crescentes

Na entrevista, Ardoino expôs o detalhamento de reservas da stablecoin. Conforme as palavras do diretor, a Tether está aprimorando seus mecanismos de auditoria constantemente.

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Após o acordo com a procuradoria de Nova York, mostramos o detalhamento das reservas. Nenhuma outra stablecoin na época fez algo semelhante; nós fomos os primeiros. Portanto, nenhuma outra stablecoin teve uma auditoria. Depois disso, fomos um passo além e revelamos todas as notas de risco dos ativos em nosso portfólio”, disse Ardoino.

De acordo com o último relatório, 83% do lastro da USDT é composto por caixa, incluindo os papéis comerciais. No entanto, a empresa tem trabalhado ativamente para reduzir a exposição a títulos de menor risco. Todavia, a empresa ainda recebe críticas pela falta de maior transparência quanto ao seu balanço.

Mas Ardoino encara as críticas como positivas, pois ajudam no processo de melhoria da stablecoin. Os certificados trimestrais são um exemplo desse processo.

“Como líder na crescente indústria de criptomoedas, continuamos comprometidos em ser o Stablecoin mais transparente. Nossos certificados trimestrais de segurança são um verdadeiro reflexo de nosso compromisso”.

USDT não precisa de truques nem rendimentos

Como o nome sugere, stablecoins são criptomoedas com um preço estável que atinge a estabilidade dos preços ao serem apoiados por ativos de reserva. Na época da entrevista, a UST havia atingido o terceiro lugar entre as maiores stablecoins, com muitos enxergando um enorme valor em sua proposta.

Tal percepção aumentou depois que a criptomoeda começou a incluir Bitcoin (BTC) em suas reservas. Contudo, nenhuma dessas precauções serviu para proteger a UST, que perdeu sua paridade em questão de dias.

Ardoino não falou especificamente sobre o colapso da UST, mas foi questionado a respeito da inclusão de BTC nas reservas da Tether. Em resposta, o CTO aproveitou para fazer uma crítica ao modelo da então rival.

“Se você olhar para os volumes da Tether em comparação com o restante dos estábulos, eles são incrivelmente altos. Eles são até dez vezes mais altos, mesmo em um dia ruim. Sem truques de marketing caros ou promessas de alto rendimento, a Tether ganhou adesão entre os usuários porque é fácil de usar e útil para muitas coisas no mercado. Ter o dólar como apoio faz as pessoas preferirem nossa stablecoin em detrimento de outras”, disse o CEO.

Na visão do executivo, a preferência pela USDT se deve ao fato de que sua proposta é simples. Em suma, a stablecoin é um dólar em uma blockchain. E em países de moeda mais fraca, as pessoas tendem a utilizar o dólar como reserva de valor.

Portanto, a USDT possui as mesmas propriedades do dólar, mas é utilizada em qualquer lugar do mundo. “Um argentino que prefere usar dólares em vez de pesos pode usar o dólar em dinheiro em seu banco ou eles podem usar a USDT”, explicou.

Adesão em outros locais

Por causa do alcance global da USDT, a stablecoin foi escolhida como uma das moedas oficiais adotadas pela cidade de Lugano, na Suíça. Além dela, o Bitcoin (BTC) e uma stablecoin local (LVGA) ganharam status de moedas legais.

Nesse sentido, Ardoino elogiou a decisão da cidade como um todo, que enxergou o potencial de uso das stablecoins.

“Lugano é uma cidade com uma das maiores áreas financeiras da Suíça. Felizmente, eles entenderam que seria louco não aproveitar a oportunidade que as criptomoedas agora oferecem. É uma excelente oportunidade para o mundo das criptomoedas ganhar a confiança dos usuários. As estábulos emitidas por empresas privadas continuarão a crescer”, finaliza.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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