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USDT deixará de circular em três blockchains

A Tether, a empresa por trás da amplamente utilizada stablecoin USDT, recentemente revelou uma mudança em seu foco estratégico.

Como resultado dessa decisão, a Tether não fornecerá mais suporte para três plataformas blockchain: Omni Layer, Kusama e Bitcoin Cash SLP. Essas plataformas têm sido componentes essenciais do ecossistema da Tether.

“O princípio fundamental que orienta as operações da Tether é o estabelecimento de um ecossistema blockchain robusto que garanta a funcionalidade perfeita do USDT em diversas plataformas. As decisões são influenciadas por fatores como segurança, conformidade regulatória e a experiência geral do usuário”, destacou a empresa em um comunicado.

Segundo a Tether, o engajamento e o interesse da comunidade também desempenharam um papel crucial na formação dessas decisões. Notavelmente, a retirada do suporte da Tether à Omni Layer se destaca como uma mudança significativa.

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Apesar de ser uma parte essencial da jornada da Tether desde 2014, a Omni Layer viu uma diminuição no engajamento dos usuários ao longo do tempo. Essa situação levou a Tether a reconsiderar sua associação com a plataforma. O impacto dessa decisão se estende a outras plataformas, como Kusama e Bitcoin Cash SLP.

Tether (USDT) tira suporte de blockchains

O comunicado da Tether sobre o assunto destaca os desafios enfrentados pela Omni Layer, como a falta de tokens populares e a disponibilidade do USDT em blockchains alternativas. Essa situação levou muitas exchanges a favorecer diferentes camadas de transporte, causando uma redução no uso do USDT no Bitcoin por meio da Omni Layer.

Embora a Tether reconheça o potencial da Omni Layer, especialmente em exchanges descentralizadas e emissão de tokens, as métricas atuais guiaram a decisão. No entanto, a empresa mantém uma postura cautelosamente otimista em relação à possibilidade de retomar a relação com a Omni Layer se as métricas mostrarem melhora.

Simultaneamente, a Tether está direcionando seus esforços para o desenvolvimento de um sistema avançado de validação do lado do cliente conhecido como RGB.

Esse sistema é projetado especificamente para as camadas secundárias e terciárias do Bitcoin. O RGB funciona tanto na blockchain principal do Bitcoin quanto na Lightning Network, oferecendo uma impressionante escalabilidade.

A Tether tem confiança de que o RGB inaugurará uma nova era para ativos digitais, contratos inteligentes e direitos digitais, contando com um amplo suporte de importantes players do setor.

Em relação ao processo de transição, a Tether anunciou a interrupção imediata da criação de USDT na Omni, Kusama e BCH-SLP. No entanto, os usuários ainda poderão resgatar seus USDT dessas plataformas até o próximo ano.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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