A exchange de criptomoedas sitiada FTX e o CEO John J. Ray III concordam em fazer um acordo com entidades da Genesis por US$ 176 milhões. Com isso, a empresa visa encerrar uma disputa entre a Genesis e a Alameda Reseach, braço de investimentos do Grupo FTX.
No entanto, os credores da FTX estão desapontados com o plano e já mostraram sua oposição ao acordo. Eles pedem ao Comitê Oficial de Credores Não Segurados da FTX (UCC) que se oponha ao acordo de liquidação.
De acordo com os credores, a Alameda já utilizou dinheiro de clientes para pagar a Genesis em 2022. Portanto, o novo acordo prejudicaria os credores e poderia atrasar o reembolso dos mesmos.
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Acordo de liquidação da FTX
De acordo com um processo judicial, a FTX e os devedores afiliados apresentaram uma moção para uma ordem judicial para resolver a disputa com as entidades da Genesis. Nessa ordem, a FTX concordaria com o pagamento de US$ 176 milhões, ou quase R$ 1 bilhão.
A Genesis é uma plataforma de empréstimos de criptomoedas que, assim como a FTX, também entrou com pedido de recuperação judicial. No seu pedido, a empresa afirma que possui valores a receber da FTX e de suas afiliadas, sobretudo a Alameda Research. O total alegado pela empresa é próximo ao valor do acordo.
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“Reivindicação de evasão de US$ 140 milhões contra a Alameda, uma reivindicação de empréstimo pendente de aproximadamente US$ 40 milhões contra a Alameda e, na medida de qualquer Reivindicação FTX permitida, reivindicações sob a seção 502(h) do Código de Falências”, diz o processo da Genesis.
A FTX argumenta que as recuperações dos devedores do Genesis e de outras entidades do Genesis são incertas. Nesse sentido, o acordo é a melhor maneira possível de evitar novas disputas. Além disso, o CEO da FTX, John Ray III, também apresentou uma declaração em apoio ao acordo.
Credores se opõem ao acordo
Só que uma parte dos credores da FTX, representados pelo grupo Coalizão FTX 2.0, se mostrou contrária ao acordo. Nesta quinta-feira (17), a coalizão disse que este é o pior negócio da FTX, especialmente em meio à investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) contra a Genesis e seu controlador, o Digital Currency Group (DCG).
“Atualmente, as reivindicações da Genesis valem mais do que as da FTX, mesmo que os saldos dos credores da Genesis sejam inflados pelos juros que eles ganharam com empréstimos, entre outros, para a Alameda”, disse o grupo. Em outras palavras, o grupo afirma que a Genesis já recebeu muito dinheiro da FTX.
Ele espera que a UCC se oponha a esse acordo de liquidação, pois “a Genesis foi reembolsada pela Alameda com bilhões de fundos de clientes FTX em 2022”. O grupo alega que essas criptomoedas transferidas para a Genesis são de propriedade dos credores da FTX, o que não justifica o acordo atual.