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UBS pagará US$ 3 bilhões para comprar Credit Suisse

No último fim de semana, os reguladores suíços, junto com o Banco Nacional Suíço (SNB), trabalharam para impedir a falência do banco Credit Suisse. Nesse sentido, eles parecem ter chegado a um acordo que envolve outro gigante do país: o UBS Group.

De acordo com Colm Kelleher, diretor do UBS, os dois bancos chegaram a um acordo em 19 de março. O UBS pagará cerca de US$ 3 bilhões para adquirir os ativos do Credit Suisse. Em outras palavras, o UBS pagará cerca de 40% do valor de mercado de seu concorrente, avaliado em cerca de US$ 8 bilhões.

A aquisição do Credit Suisse pelo UBS consolida o papel deste como o maior banco da Suíça (o Credit é o terceiro maior banco do país). Com a operação, o UBS passa a ter cerca de US$ 5 trilhões em ativos sob custódia, um dos maiores bancos do mundo.

“Esta aquisição é atraente para os acionistas do UBS, mas, sejamos claros, no que diz respeito ao Credit Suisse, trata-se de um resgate de emergência. Estruturamos uma transação que preservará o valor deixado no negócio, limitando nossa exposição negativa”, disse Kelleher.

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A formação de um colosso

O SNB afirmou que esta aquisição fornece uma solução para “garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça nesta situação excepcional”. Antes disso, o governo suíço havia injetado cerca de 54 bilhões de francos suíços (CHF) para tentar conter a crise.

Este acordo ocorre quando o banco central trabalha com o governo suíço, bem como com a Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço. Para intermediar esse negócio, as autoridades suíças tiveram que contornar alguns regulamentos para contornar o voto dos acionistas. Ou seja, o UBS adquiriu o Credit à revelia da permissão de seus acionistas.

De acordo com o relatório da Bloomberg, o Banco Central Suíço também concordou em fornecer mais US$ 100 bilhões em liquidez ao UBS. Enquanto isso, os acionistas do banco provavelmente terão que arcar com um enorme prejuízo com a negociação.

A título de exemplo, o Saudi National Bank, maior acionista do Credit Suisse, chegou a pagar US$ 1,5 bilhão por uma participação de 10% no banco. Hoje, esse mesmo valor corresponde a metade do que o UBS pagará por todos os ativos do banco.

Bitcoin sobe após acordo

Assim que as notícias do acordo UBS-Credit Suisse foram divulgadas, o Bitcoin (BTC) e o mercado de criptomoedas registraram uma forte alta. O preço do BTC chegou a alcançar US$ 28.400 e superou os R$ 150 mil no Brasil, registrando alta de 28,69% em sete dias. Foi o melhor desempenho do BTC em uma semana desde o início de 2021.

O preço do Ether (ETH) também subiu, ultrapassou o nível de US$ 1.800 e registrou alta de 12,12% em sete dias.

O Bitcoin e as criptomoedas apresentaram um forte desempenho em meio à recente crise no setor bancário global. O popular investidor Balaji Srinivasan acredita que a crise bancária vai piorar e o Fed resolverá imprimir dinheiro novamente para evitá-la. Srinivasan acredita que isso pode levar a uma situação de hiperinflação e o preço do BTC pode chegar a US$ 1 milhão nos próximos 90 dias.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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