Transações superiores a US$ 1 milhão em Bitcoin dominam em 2021

As grandes transações de Bitcoin (BTC) mais que dobraram em 2021, de acordo com o relatório Week On Chain, da Glassnode. Tais operações já representam 65% de todas as transações da rede em 2021, ante 30% em 2020.

Essa métrica avalia a dominância das transações acima de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões). De acordo com o gráfico abaixo, as grandes transações estão ganhando mais espaço desde setembro de 2020.

BTC em queda, acumulação em alta

Curiosamente, o pico desse movimento ocorreu justamente durante a correção na alta do BTC, que se consolidou a partir de maio. Aquele mês registrou exatamente o pico das grandes transações. Por isso, a Glassnode identifica que essas transações são oriundas de compras, ou seja, acumulação de BTC.

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“Os dados sugerem que essas transações de grande porte são mais prováveis de serem acumuladores do que vendedores e é, novamente, bastante construtivo para o preço. Isso reflete uma parcela crescente do interesse institucional e da transferência de capital pela rede do Bitcoin”, disse o relatório.

Ao mesmo tempo, as transações registraram um aumento de 20% na última semana, exatamente durante a valorização do BTC. Desde o final de julho, as grandes transações crescem na casa de dois dígitos por semana.

Empresas e fundos acumulam BTC

Para Will Clemente, analista da Blockware, o período de acumulação começou ainda em 2019 e não deu sinais de arrefecimento nem com as quedas no preço do BTC. Desde então, os grandes investidores já acumularam quase 270 mil BTC, ou cerca de R$ 63 bilhões.

Nessa lista estão gestoras de fundos até grandes empresas, como Grayscale e MicroStrategy. Ao todo, tais entidades chegaram a alocar cerca de US$ 4,5 bilhões no mercado. O fato dessa alocação ter começado ao longo do fim de julho condiz com o pico nas grandes transações registrados a partir desta data.

Por fim, Clemente destacou que esses investidores estão com foco no longo prazo. Dessa forma, não há aqui busca por movimentos de saída como os que ocorreram no passado. Afinal, hoje o mercado institucional é muito mais desenvolvido do que nos ciclos anteriores.

“Ao contrário do pulo do gato morto de 2017, os detentores de longo prazo não estão procurando liquidez de saída para abandonar o navio. Eles estão sentados por muito tempo e fortes”, explicou.

A expressão “pulo do gato morto” é utilizada no mercado financeiro para designar um ativo que registra breve alta durante um período severo, por vezes irreversível, de desvalorização. Ela vem do bordão “até um gato morto vai repicar se cair de uma grande altura.” No entanto, o gato chamado Bitcoin aparentemente continua saltando e sem perder nenhuma de suas sete vidas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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