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Traficantes que utilizavam criptomoedas para tráfico de drogas são sentenciados nos EUA

Cinco traficantes de drogas foram condenados a penas de prisão que variam de cinco a 20 anos nos Estados Unidos por distribuírem drogas ilegais utilizando, em sua maioria, criptomoedas. A informação foi divulgada pela Coindesk nesta quarta-feira, 28 de agosto.

Wyatt Pasek, da Califórnia, foi condenado a 17,5 anos de prisão por vender pílulas falsas de opioides, enquanto Kevin Dean McCoy, Silvester Ruelas, Amber Worrell e Peggy Gomez foram sentenciados a várias penas de prisão (a duração das penas não foi divulgada) por vender heroína, metanfetamina e cocaína em sites da deep web. Todos os réus negociaram as drogas com criptomoedas, de acordo com documentos judiciais e comunicados.

O grupo atuava principalmente no estado norte-americano do Arizona. Pasek era conhecido na deep web como “oxygod” e “Yung10x”. Ele se declarou culpado em novembro por participar de uma conspiração de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo, de acordo com um comunicado da Procuradoria Geral dos EUA do distrito da Califórnia.

Como parte do acordo judicial, Pasek entregará US$21 mil em dinheiro, um “colar de ouro e diamantes de Bitcoin”, um relógio cravejado de diamantes, duas barras de ouro e “milhares de dólares” em Bitcoins e outras criptomoedas que estão armazenados em uma carteira.

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Já McCoy, Ruelas, Worrell e Gomez também se declararam culpados de acusações de lavagem de dinheiro. De acordo com um comunicado de imprensa, eles usaram negociações peer-to-peer (P2P) para vender criptomoedas sem serem identificados.

Armas, aneis e criptomoedas

Segundo a Procuradoria dos EUA para o Distrito do Arizona, as autoridades apreenderam barras de ouro, prata e platina, um anel do Super Bowl do time de futebol norte-americano Seattle Seahawks, um AK-47 (construído pela empresa Texas Weapons System), uma espingarda Mossberg calibre 12 e um rifle calibre .50 que estavam em poder dos criminosos.

As drogas eram vendidas em sites como o AlphaBay, Hansa e Dream Market, que permitiram transações realizadas com criptomoedas (AlphaBay e Hansa foram encerradas em 2017, enquanto o Dream Market fechou no início deste ano).

Em um comunicado, o agente especial do Departamento de Repressão às Drogas Doug Coleman disse que “os traficantes de drogas que usam a deep web possuem uma sensação de segurança com o anonimato de vender seus venenos em todo o mundo”, acrescentando:

“Esta investigação demonstra claramente que eles não são seguros, não são anônimos e não podem escapar da justiça.”

As sentenças vieram dias depois que, como relatou o CriptoFácil, a Casa Branca publicou uma série de notas informativas afirmando que as criptomoedas – incluindo Bitcoin, Bitcoin Cash, Ethereum e Monero – estão sendo usadas para transações com drogas ilícitas. Os avisos incluem instruções sobre como rastrear pagamentos usando carteira e endereços IP, bem como hashes de transação.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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