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Tokens são retirados de exchanges coreanas por preocupações envolvendo lavagem de dinheiro

Joseph Young é um jornalista e analista financeiro que, além de escrever para portais de notícias como Forbes e CCN, também é muito ativo no Twitter. No dia 04 de março, Young escreveu na rede social sobre duas das maiores exchanges da Coreia do Sul, Bithumb e UPbit, tirarem 20 tokens de suas listas, fundamentando com preocupações que envolvem lavagem de dinheiro e manipulação de mercado.

Ainda segundo Young, com base em um recente circular do G20 e do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), essa ação pode gerar uma tendência global.

Sem mais espaço para shitcoins?

Young destacou também que este é um ótimo sinal para o mercado de criptoativos, que está fazendo uma limpeza à medida em que amadurece:

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“As maiores exchanges da Coreia do Sul estão tirando dezenas de criptomoedas de suas listas por não atenderem aos seus padrões (volume, comunicação, desenvolvimento, etc). Eu acho que é um bom sinal para maturação do mercado e limpeza do mesmo.”

Young então compartilha um link para uma de suas publicações no portal LongHash. Ele lista a justificativa utilizada pela UPbit, qual seja:

“Devido a dificuldades em comunicar com as equipes dos projetos, pode haver problemas relacionados ao suporte técnico. A liquidez é baixa, tornando a criptomoeda/token vulnerável à manipulação de valor. Consequentemente, para proteger investidores, um alerta de investimento foi emitido.”

A Bithumb, por sua vez, deu a seguinte justificativa:

“A Bithumb emitiu um alerta de investimento envolvendo as criptomoedas Populous e CyberMiles, de acordo com a nossa Política de Alerta de Investimento. A Bithumb continua monitorando a elegibilidade de listagem, porém, a razão que impulsionou o alerta ainda não foi resolvida.”

O controle de qualidade passou a ser assunto mais aprofundado pelas exchanges sul coreanas em 2020, tendo elas estipulado padrões para manter os tokens. São cinco os pontos analisados para retirar um token de circulação na plataforma: falta de interesse por parte dos desenvolvedores de se comunicar com a exchange para resolver problemas; falta de entendimento do mercado sul coreano; falta de atividade de desenvolvedores; falta de volume e demanda dos investidores locais; exposição ao mercado ou manipulação de valor.

Possível tendência global

Mas não é apenas uma questão de proteção ao cliente partida das plataformas, mas sim uma consideração com uma recente circular emitida pelo GAFI, órgão regulador financeiro sob o controle do G7.

Em um parágrafo no qual o GAFI afirma reconhecer o potencial de inovações tecnológicas levarem benefícios ao sistema financeiro tradicional, a entidade ressalta:

“Permanecemos vigilantes sobre os potenciais riscos oriundos de inovações financeiras, incluindo riscos relacionados à estabilidade financeira, consumidores e proteção a investidores, anti-lavagem de dinheiro (AML) e contra o financiamento de causas terroristas, bem como implicações macroeconômicas, incluindo problemas de soberania monetária. Com base na Declaração dos Líderes de 2019, nós pedimos que os países implementem os padrões recentemente adotados pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) sobre ativos virtuais e produtos relacionados.”

Desta forma, é possível que a preocupação com manipulação do mercado de criptoativos se torne uma tendência global, tendo em vista o recente posicionamento de GAFI, G7 e G20.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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