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Todas as ICOs foram esmagadas? Confira os projetos sobreviventes

O frenesi inicial das ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) assumiu um mercado de criptomoedas jovem e inexperiente em 2017. As pessoas estavam investindo muito dinheiro em projetos que não tinham aprovações legais, bancárias ou regulatórias. A liberação de um mero whitepaper e de um website poderia garantir aos empresários acesso fácil ao capital. Mas se eles lançariam seu produto – ou não – permaneceu um mistério.

Desde o boom das ICOs, segundo a Forbes, mais de 800 projetos de blockchain arrecadaram cerca de US$20 bilhões através da venda de seus próprios tokens. Mas quanto desse dinheiro sobreviveu ou foi usado temos pouca ou nenhuma evidência. A MobileGo, por exemplo, arrecadou US$53 milhões em crowdfunding de seus tokens para construir uma plataforma de apostas em vídeo e e-sport. O projeto supostamente removeu completamente os aspectos de criptomoedas de seu núcleo. E os fundadores do projeto, Sergey e Maxim Sholom, ainda não realizaram nenhuma auditoria independente para mostrar para onde foram os US$53 milhões arrecadados.

As perdas incorridas por projetos como da MobileGo, de certa forma, equivalem a muitos pequenos projetos de ICOs que abandonaram seus planos de desenvolvimento. De acordo com o Deadcoins, um site que indexa criptomoedas não-funcionais, existem mais de mil ICOs que já foram desfeitas. Embora nem todos os projetos fossem considerados fracassos. Muitos dos projetos listados, incluindo Enigma e CoinDash, reportaram casos de hacks, enquanto outros como Onecoin ou Paycoin foram golpes explícitos.

Segundo o artigo publicado pela agência de notícias News BTC, ainda existem algumas organizações que sobreviveram e estão desenvolvendo ativamente seus projetos de blockchain. Além disso, o retorno dos investimentos desses projetos superou as expectativas, confirmando que nem tudo é ruim no mundo das criptomoedas e das ICOs.

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O projeto NXT veio antes do boom das ICOs. Lançado em 2013 por um desenvolvedor anônimo, o projeto realizou a venda de seus tokens NXT em setembro de 2013 para desenvolver um mecanismo de consenso de prova de participação. Ele conseguiu levantar cerca de US$16.800 em Bitcoin por um valor NXT de US$0,0000168. A taxa NXT / USD no momento da redação deste artigo era de US$0,064521, de acordo com dados de ferramenta Coinmarketcap. Isso representa um retorno de 383.953,58% em cada token NXT.

O NXT também seguiu seu caminho para o desenvolvimento de uma plataforma blockchain-as-a-service (BaaS), eventualmente construindo uma comunidade ativa de desenvolvedores. À luz dos recentes desenvolvimentos no espaço público, o NXT tem potencial para entregar o que oferece, o que pode ser confirmado por sua sustentabilidade no mercado.

O projeto que deu início ao frenesi das ICOs em primeiro lugar, o Ethereum iniciou uma nova onda de aplicativos descentralizados e desenvolvimentos de contratos inteligentes no topo de sua plataforma de contabilidade distribuída de código aberto. O projeto teve sua rodada de ICO em meados dos anos 2000, na qual arrecadou US$16 milhões depois de vender 11,9 milhões de tokens Ether a um preço de US$0,311 por unidade. No momento de escrita deste artigo, o mesmo token custava pouco menos de US$200. Isso representa 64,209% a mais que o valor inicial.

Muitos outros projetos de ICOs que sobreviveram à modinha, com desenvolvimento ativo e responsabilidade impecável incluem NEO, uma plataforma de propriedade digital de ativos originalmente conhecida como Antshares, Spectrecoin, uma rede monetária digital centrada em privacidade, e Stratis, uma plataforma BaaS de nível empresarial. Ark, Stroj, Lisk, EOS e a lista continua.

A principal conclusão é que os projetos que se concentram amplamente em oferecer BaaS, privacidade e descentralização se saíram melhor. A indústria de ICOs, como um todo, está sobrevivendo conforme bons projetos seguem operando com sucesso.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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