Mercado

Títulos de Bitcoin afetam classificação de crédito de El Salvador, diz Fitch

A Fitch Ratings, uma importante agência de classificação de risco, mantém El Salvador entre os países com alta probabilidade de inadimplência.

A empresa manteve sua classificação de crédito em CC (risco de crédito muito elevado), apesar de o país ter pago recentemente um título externo de US$ 800 milhões.

A Fitch argumentou que a liquidez fiscal de El Salvador é muito “restrita” e seu acesso ao mercado é “muito limitado”, o que aumenta as chances de o país não conseguir pagar sua dívida soberana.

A recente aprovação do marco legal para a emissão de títulos em Bitcoin (BTC) também foi citada pela Fitch como um dos motivos para manter a classificação baixa. No entanto, a agência observou que o governo ainda não emitiu o título previsto de US$ 1 bilhão para financiar o projeto de Bitcoin City.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Além disso, a Fitch destacou que a adoção do Bitcoin como moeda de curso legal tem sido mínima até o momento e não gerou impacto relevante na situação econômica do país.

A agência também observou que as fontes de financiamento para o país continuam limitadas, com taxas implícitas no mercado externo proibitivamente elevadas, fazendo com que o governo dependa da dívida interna de curto prazo.

El Salvador

A Fitch destacou que os riscos de refinanciamento são significativos, pois o apetite e a capacidade dos bancos de expandir suas participações são limitados.

Uma classificação de crédito baixa significa que um país enfrenta um alto risco de inadimplência e pode ter dificuldades para acessar fundos do mercado internacional de títulos e atrair investimento estrangeiro direto.

As avaliações das agências de classificação de crédito são cruciais para a tomada de decisão do mercado e refletem a capacidade de um país pagar suas dívidas.

O país se prepara para a emissão de títulos de bitcoin baseados em mineração com energia de vulcão e pretende mostrar com isso, como funciona uma fonte de autofinanciamento que não depende de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial.

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.