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Time de elite do futebol feminino brasileiro sofre sem receber patrocínio de empresa de criptomoeda

A pandemia do coronavírus, que paralisou grande parte das das atividades pelo Brasil, incluindo futebol profissional, está afetando a maioria dos times da elite do futebol feminino.

Não bastasse isso, um clube de futebol feminino do Amazonas, o Iranduba, está passando por outra dificuldade: o atraso de pagamentos do patrocinador. Trata-se de uma empresa, cuja criptomoeda ainda não entrou no mercado. Portanto, o patrocinador não consegue honrar com o acordo.

Um levantamento feito pelo Globoesporte, publicado nesta quinta-feira, 21 de maio, sobre os 16 times da elite do futebol feminino no Brasil abordou o caso do clube. A pesquisa apontou que quatro deles cortaram ou não pagaram salários das atletas, incluindo o Iranduba.

Problemas com patrocinador

Além da pandemia, que afeita fortemente a região, o Iranduba enfrenta problemas com patrocinador, com quem assinou contrato em fevereiro de 2019. Em uma outra reportagem, o Globoesporte detalhou o caso.

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O patrocinador em questão é o VeganNation, uma empresa que apoia os valores veganos e que se comprometeu em criar uma rede para proteção da floresta amazônica. Além disso, os valores do patrocínio iriam garantir o salário das atletas e comissão técnica, além de possibilitar a chegada de bons reforços.

Mas o que era para ser um grande desafogo, virou um transtorno. Isso porque o pagamento do patrocínio seria supostamente feito em Bitcoin.

Entenda o caso

Em maio de 2019, o intermediário da transação acenou que o clube poderia trocar Bitcoins por dinheiro. Entretanto, em maio de 2019, foi apenas o lançamento de uma criptomoeda da empresa, a VeganNation.

A princípio, segundo a matéria, a criptomoeda seria listada pela bolsa de valores da China no último dia de março. Mas, ao que parece, isso não aconteceu, já que o clube segue sem receber os repasses.

Roberto Rosemberg, que assumiu a mediação com o Iranduba depois do sumiço do representante inicial, declarou:

“A primeira pessoa que fez o contrato com o Iranduba não fui eu. (…) De alguma forma ele se aproveitou de datas que não tinha conhecimento ou de má fé com o Iranduba. (…) Esse contrato era para 2020 e não 2019 porque em 2020 essa criptomoeda vegancoin vai entrar em uma das cinco maiores bolsas do mundo em 30 de março e a partir de 30 de março a moeda poderá ser trocada por dinheiro – afirmou Roberto Rosemberg.

“Acordo não diz nada sobre trocar vegancoin”

Em sua defesa, o presidente da Veganation, Isaac Thomas, alegou que no contrato não havia cláusula que desse uma data limite para troca dos Bitcoins por dinheiro real.

“O acordo era pagar o patrocínio em vegancoins. Nisso sermos parceiros e patrocinadores para salvar a floresta amazônica. Eu tenho que dizer que o contrato somente diz vegancoins. Não diz nada sobre trocar vegancoins por outra moeda. Não temos a habilitação pra fazer isso”, disse Thomas.

Portanto, enquanto a questão não é resolvida, o clube amarga uma situação financeira difícil sem expectativa de quando receberá os repasses do patrocinador.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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