Economia

Tether planeja investir US$ 500 milhões em mineração de Bitcoin

A Tether, emissora da maior stablecoin do mercado, a USDT, está focada em expandir suas operações de mineração de Bitcoin e quer se tornar uma das maiores mineradoras de BTC do mundo. De acordo com uma reportagem da Bloomberg, publicada nesta quinta-feira (16), a empresa pretende investir US$ 500 milhões em suas operações mineradoras.

Segundo o presidente-executivo da Tether, Paolo Ardoino, a empresa investirá tanto na construção de suas próprias instalações de mineração quanto na aquisição de participações em outras empresas.

Esse investimento inclui parte de uma linha de crédito de US$ 610 milhões que a Tether estendeu à mineradora de Bitcoin de capital aberto Northern Data AG este mês, após adquirir ações da empresa com sede em Frankfurt em setembro.

“Estamos comprometidos em fazer parte do ecossistema de mineração Bitcoin. Quando se trata de expansões, construção de novas subestações e novos locais, estamos levando isso muito a sério”, disse Ardoino.

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Tether investe pesado em mineração

Segundo a reportagem, a Tether acumulou US$ 3,2 bilhões em dinheiro excedente em 30 de setembro, de acordo com o relatório trimestral da empresa. E já usou parte de seus lucros para investir mais de US$ 800 milhões no setor de mineração de Bitcoin este ano.

Conforme revelou Ardoino, a Tether está construindo pools de mineração de BTC no Uruguai, no Paraguai e em El Salvador. A capacidade para cada local varia entre 40 e 70 megawatts. A meta da empresa é aumentar sua participação no poder computacional total para operar a rede Bitcoin para 1%. A título de comparação, a maior empresa pública de mineração de Bitcoin, a Marathon Digital Holdings, contribui hoje com cerca de 4%.

“Uma participação de mercado de 1% provavelmente colocaria a Tether entre as 20 maiores empresas de mineração de Bitcoin do mundo”, disse Jaran Mellerud, executivo-chefe da empresa de dados de mineração MinerMetrics. “Dada a importância da Tether no ecossistema cripto e seu poder financeiro, sua participação no mercado ao longo do tempo provavelmente crescerá muito além de sua meta inicial de 1%.”

Mellerud destacou ainda que a Tether é uma empresa privada que gera enormes quantidades de dinheiro mesmo no mercado baixista. Portanto, “está numa posição única para fazer investimentos anticíclicos massivos”.

“A mineração para nós é algo que precisamos aprender e crescer com o tempo”, disse Ardoino. “Não temos pressa em nos tornar a maior mineradora do mundo.”

A entrada da Tether na mineração de Bitcoin ocorre em um momento delicado. Afinal, players notáveis ​​como Compute North e Core Scientific entraram recentemente com pedido de proteção contra falência.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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